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A transformação do ESG em compliance para o principal produto brasileiro a ser exportado

Por Monica Schimenes*

A transformação do ESG em compliance para o principal produto brasileiro a ser exportado
Outros Artigos Publicado em 16 de Julho de 2022 às, 06h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 09h56.

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As grandes empresas ao redor do globo têm abraçado a descarbonização de seus negócios como um tema estratégico. Já no Brasil, a mudança dos setores econômicos para uma economia de baixo carbono é o que vem preenchendo a agenda dos CEOs das grandes empresas e se mostrado um fator decisivo para a sua competitividade nos próximos 10 anos. Mas será que o propósito tem relação com o seu negócio?

 

Encontrar novos caminhos e soluções que reequilibrem o ecossistema natural é a grande prioridade estratégica e condição para a competitividade das empresas, e o Brasil tem o potencial para liderar essa transformação global em prol da descarbonização e se tornar numa superpotência verde.

 

Segundo um estudo realizado pela Embrapa, a agricultura brasileira alimenta cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo todo e é responsável por cerca de 10% da produção mundial de trigo, soja, milho, cevada, arroz e carne bovina. Além disso, o Brasil possui a maior floresta tropical do mundo, com um quarto do armazenamento global de carbono, equivalente a 1 bilhão de toneladas de carbono absorvidos por ano. Por outro lado, segundo dados da Global Forest Watch, nós - brasileiros - fomos líderes, em 2021, na perda de florestas tropicais no mundo. Para a mudança desse cenário acontecer, precisamos entender que o Brasil carrega um grande papel social diante do planeta, dessa forma, falar sobre clima não deveria ser um problema, pois essa é a solução.

 

Aliás, não só falar, mas sim fazer! Em maio, estive presente no evento realizado no edifício-sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para fomentar a discussão de questões ligadas à agenda ESG (sigla traduzida do inglês para Governança Social e Ambiental). Um dos temas mais falados foi a necessidade que as principais empresas se comprometam e criem um movimento de CEOs engajados em priorizar a agenda sustentável. Outro ponto destaque está em desenvolver um plano de ação que compreenda a importância das iniciativas coletivas com o setor privado, sociedade civil e setor público, com o intuito de incentivar e disseminar as boas-práticas existentes, além de levantar discussões para a criação das soluções que ainda precisam ser desenvolvidas. É preciso entender que nós líderes somos os responsáveis por guiar uma revolução em alguns aspectos da empresa e o papel delas tende a mudar o cenário econômico mundial.

 

O ESG no Brasil ainda é jovem, em comparação com a Europa e países como Canadá e Estados Unidos. Embora seja possível ver avanços em muitos setores, ainda temos a sensação de que podemos sonhar mais alto. Mais do que apenas incentivar as práticas, o Brasil precisa ter como core business o ESG. Os polos de energia verde podem nos posicionar, afinal não é assunto só de compliance, para criar uma nova commodity nossas empresas precisam ter maturidade e uma imagem no exterior forte.

 

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Em suma, nós - como um país com o maior número de riquezas naturais - temos a chance de nos colocarmos como o maior produtor de práticas ESG, garantindo ao mundo que saberemos preservar a ampliar nossos recursos naturais. Atualmente, a segurança e estabilidade que o Brasil precisa passar para os investidores no mundo são nossos compromissos com clima, carbono free, matriz energética, desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento social. Temos uma natureza a ser poupada e precisamos da credibilidade para captarmos novos recursos econômicos no cenário internacional para essa virada brasileira.

 

*SOBRE - MÔNICA SCHIMENES

Mônica Schimenes, é fundadora e CEO da MCM Brand Experience, grupo de comunicação integrada com atuação nacional e internacional, comprometido com a performance e responsável com a diversidade e inclusão. Em 2017, conseguiu elevar a empresa graças ao Programa de Mentoria para Fornecedores de Diversidade da Monsanto, pelo qual foram selecionados. É presidente do Conselho de Empresárias da WEConnect International do Brasil, foi eleita “Mulher Empreendedora Global do Ano” pela WEConnect International, reconhecida como empreendedora Global pela IWEC International e é participante do programa Winning Women da EY. Com mais de 20 anos de experiência em gerenciamento de marketing, comunicação e eventos, é responsável por contas como: IBM Brasil, BASF, Johnson & Johnson, Nestlé, Google, Suvinil, Dell, Unilever e outros. Realiza importantes palestras, com os temas: “O Feminino da Voz”, sobre empoderamento feminino, “Essência”, uma palestra biográfica motivacional, “A voz sua marca”, sobre branding e “Todos os tons da Inclusão”, um convite aos temas, diversidade, inclusão e sustentabilidade. É cantora, casada e mãe do Leonardo.

 

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