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Confiança dos pequenos negócios avança pelo quarto mês consecutivo

Segundo pesquisa produzida pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas, fatores como a maior circulação de pessoas e a prorrogação do Pronampe influenciaram na avaliação do empresariado

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Pelo quarto mês consecutivo, os donos de micro e pequenas empresas (MPE) estão mais otimistas com relação ao rumo dos negócios. Depois de dois anos de confinamento em razão da Covid-19, a maior circulação de pessoas foi um fator que pesou na percepção dos empresários, bem como a prorrogação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) até 2024 e a melhora do desempenho das vendas de maio. Os dados fazem parte da Sondagem Econômica das Micro e Pequenas Empresas de maio, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

Em maio, o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) avançou 1,8 ponto, chegando a 98,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2021, quando indicou 98,9 pontos. A contínua recuperação da confiança foi observada em todos os setores pesquisados: comércio, serviços e indústria de transformação. “O ânimo dos empresários desse segmento, pelo quarto mês consecutivo, foi influenciado tanto pela situação atual quanto pelas expectativas de curto prazo. A não obrigatoriedade do uso das máscaras e do certificado da vacinação gera uma maior circulação das pessoas. Além disso, pesou nesse resultado também a prorrogação do Pronampe, que tem a intenção de gerar crédito para recuperação das MPE”, pontua o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

 

Ele ainda destaca que a Sondagem ainda chama a atenção para a atual política de crédito lançada pelo governo federal, o Programa Crédito Brasil Empreendedor, que aliado a prorrogação do Pronampe, pode impulsionar a confiança dos pequenos negócios nos próximos meses. Apesar dos dados positivos, Melles ressalta que é preciso ter cautela. “Mesmo com esse cenário de melhora no ânimo por parte das empresas, a parcimônia tem sempre que prevalecer, já que ainda enfrentamos problemas conjunturais, como a escassez de insumos, prognósticos de alta de inflação e taxas de juros”, argumenta.

 

Comércio

O comércio foi o que obteve mais destaque dentre os setores pesquisados. Após cair em abril, a confiança das MPE desse segmento voltou a subir em maio. O índice galgou 5,5 pontos, para 91,4 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (92,9 pontos). Os empresários enxergam uma perspectiva mais favorável a curto prazo, assim como a situação atual, puxada pela melhora nas vendas de maio.

 

Os setores de veículos, motos e peças (lojas de autopeças e pequenas revendedoras), seguido do varejo restrito, alavancaram o desempenho do Comércio. Na direção oposta, o segmento de material de construção recuou 0,6 ponto em maio. No Brasil, o Nordeste obteve o avanço mais expressivo no mês.

 

“Apesar dos bons números, o estudo mostra que os empresários ainda têm algum receio com o futuro. Mesmo com a melhora visível da pandemia e com a divulgação de pacotes que aliviam a pressão financeira das famílias, desafios como a inflação, o aumento da SELIC [Sistema Especial de Liquidação e Custódia] e a dificuldade de retornar ao mercado impactam negativamente o setor, principalmente as famílias de baixa renda”, explica o presidente do Sebrae.

 

Serviços

Os empresários de serviços também estão mais confiantes e o índice teve um incremento pelo terceiro mês consecutivo, atingindo o maior nível desde outubro de 2013. De acordo com o estudo, o resultado animador foi influenciado pela recuperação do setor no momento e a confiança no futuro próximo. A maior circulação de pessoas e a demanda reprimida de serviços faz com que alguns segmentos, principalmente o de serviços prestados às famílias, percebam o aumento da demanda e a melhora dos negócios.

 

A atividade com maior contribuição para o IC-MPE foi a de serviços de transporte, aumento que pode estar ligado ao retorno das empresas ao modelo de trabalho presencial. Outro setor que ganhou espaço foi o de serviços profissionais e serviços prestados às famílias. Recuaram os serviços de informação e comunicação. Regionalmente, o Sul registrou o melhor índice.

 

Indústria da transformação

Após dois meses de altas consecutivas, a avaliação do empresariado da indústria de transformação se manteve em patamar neutro ao subir 0,3 ponto. A alta do setor foi, exclusivamente, da situação atual. O maior aporte veio do quesito que mede nível dos estoques, com a situação atual dos negócios na sequência. A maior contribuição negativa veio do indicador tendência dos negócios para os próximos seis meses, que caiu 4,3 pontos.

 

O vestuário trouxe os melhores indicadores para a indústria, fator que pode estar relacionado à iniciativa da Confederação Nacional das Indústria (CNI), por meio da Rede CIN, de promover rodadas de negociação presenciais e virtuais com MPE do setor têxtil e compradores internacionais. A alta foi acompanhada pelo segmento metalurgia e produtos de metal e alimentos. Novamente, a região Nordeste foi a que mais avançou nacionalmente em maio.

 

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