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Empreendedorismo feminino: Mulheres que são donas do próprio negócio já passam das 10 milhões no Brasil

País é o sétimo maior no ranking de número de mulheres empreendedoras.

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As mulheres cada vez mais avançam no país como empreendedoras, e o Brasil agora é o sétimo maior no ranking em número de mulheres que são donas do seu próprio negócio.

 

O número de mulheres à frente de um negócio no país fechou o quarto trimestre de 2021 em 10,1 milhões. Hoje, as mulheres representam 34% das pessoas que são donas de negócios próprios em território nacional. Os dados são de um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realizado com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc).

 

Um levantamento realizado pela Rede Mulher Empreendedora (RME) mostra que 55% das empresárias brasileiras abriram o negócio nos últimos 3 anos. Destas, 26% abriram o negócio atual durante a pandemia.

 

Cintia Lorena Ferreira, de 40 anos, que abriu seu empreendimento em 2019, em Salvador, na Bahia, disse que um dos seus maiores desafios foi reabrir o negócio após a fase de pandemia. Ela é proprietária e gerencia uma unidade da YouPlay, franquia que oferece espaços de entretenimento para crianças.

 

“Tivemos muitos problemas para reabrir, pois as pessoas não se sentiam seguras em relação às crianças. Então tivemos que massificar a comunicação sobre a segurança, sobre máscaras e álcool em gel”, afirma Cintia. “Porém, entre as dificuldades recorrentes de ser uma empreendedora, para mim, é conseguir mão de obra qualificada e a administração”.

 

Greice da Costa Santos, de 38 anos, sócia de Cintia, disse que a pandemia os afetou muito, tanto na parte financeira, quanto na emocional.

 

“Nosso segmento foi um dos mais impactados, pois permanecemos um ano e quatro meses de portas fechadas em Salvador, acumulando dívidas de aluguel e condomínio. Nós inauguramos em novembro de 2019 e operamos apenas 4 meses antes do fechamento em virtude da pandemia. Para dar a volta por cima foi necessário confiança no nosso negócio, equilíbrio emocional e muito trabalho”, comenta a empreendedora.

 

Cintia, que antes exercia a profissão de advogada, comenta que sempre teve um pouco de empreendedora. Procurou franquias no ramo de serviços para iniciar a sua jornada nos negócios. Até que conheceu a YouPlay, depois de levar sua filha em uma das unidades, e resolveu investir na franquia.

 

“Tenho meu negócio como algo bem detalhista. Sou muito presente. Jamais conseguiria deixar lá e ficar tranquila. Se você não ficar à frente de seu negócio, a tendência é perder credibilidade do negócio e até com os clientes”, afirma a empreendedora.

 

As mulheres estudam mais, mas têm menos tempo do que os homens

Dados do Sebrae-SP indicam que, no quarto trimestre do ano passado, 68% das empreendedoras tinham pelo menos o ensino médio. Entre os homens, essa proporção era de 54%. A variação no período foi de 11 pontos percentuais entre as mulheres e 4 pontos entre os homens.

 

Já em relação à quantidade de horas dedicadas aos negócios, o levantamento da GEM indica que, enquanto os homens dedicam, em média, 37,5 horas ao negócio, as mulheres trabalham 30,8 horas.

 

Isso indica que a conciliação entre jornada de trabalho e tarefas domésticas, ou participação na vida da família e filhos, por exemplo, são alguns dos grandes desafios para que as mulheres empreendedoras consigam mais dedicação no empreendimento próprio.

 

A empresária Érica Lima, que está à frente da BB ProfitCars, serviço de assinaturas e aluguel de carros de luxo, conta que decidiu se profissionalizar no ramo de administração e empreendedorismo quando engravidou de seu primeiro filho, o Noah.

 

“Tive que ficar dois anos amamentando, como minha principal escolha. Então resolvi atribuir os estudos a este momento. E foi aí que tudo começou”, afirma.

 

Hoje ela conseguiu, em menos de um ano, faturar R$ 1 milhão com a BB ProfitCars, e participa ativamente de outros projetos que estão por vir.

 

Érica comenta também sobre os principais desafios de ser uma mulher neste ambiente, que normalmente é dominado por homens. Segundo ela, à medida que você tem conhecimento e cria experiências, a diferença de gêneros deixa de ser relevante.

 

“Você ganha espaço quando mostra que é uma profissional séria, a partir disso, conquista respeito”, diz a empresária.

 

Em relação ao lado mulher e administradora, ela declara que é importante desenvolver o emocional, para conseguir lidar com tantas demandas de uma só vez:

 

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“Muitas vezes não conseguimos acreditar que um funcionário ou colaborador vai fazer com excelência o melhor para o nosso negócio. Então isso pode gerar um transtorno na gerência, porque a gente acaba sendo a proprietária, a contadora, a administradora, enfim, você se sobrecarrega”, afirma. “E na maioria das vezes ainda temos o segundo turno, que é ser mãe, filha, esposa... O que pode ser exaustivo e levar a um grande tormento na vida. Trabalhar nesse ponto é o primeiro passo para o desenvolvimento da sua empresa. Competência emocional, é esse sempre o tema que abordo nos meus círculos”.

 

Empreendedorismo feminino, a relação com a família e seus impactos positivos

Ainda de acordo com os dados da Pesquisa da Rede Mulher Empreendedora (RME), 50% das empreendedoras com filhos alegaram que o fechamento das escolas impactou a rotina de trabalho, principalmente para as mães com filhos de 3 a 11 anos.

 

Isso motivou muitas a procurarem por soluções que as aproximasse da família. É o caso de Sabrina Leite da Silva, 25 anos, da rede de empreendedorismo social Brigadeiro com VC. Ela abriu o próprio negócio para ficar próxima do marido e dos filhos e complementar a renda de casa.

 

“O principal motivo para abrir meu próprio negócio, com certeza foi minha família. O desejo em estar ao lado deles, participar da educação e criação dos meus filhos e ajudar meu esposo na renda da nossa casa. Mas não sabia por onde começar, ainda mais no meio de uma pandemia”, conta a empreendedora. “Foi quando recebemos a proposta da BCV, ter meu negócio, com o apoio de uma equipe e todo o auxílio que precisava para começar e com a melhor parte, ao lado da minha família, pela qual eu sempre quis estar junto, mesmo trabalhando, não queria abrir mão disso. A Brigadeiro com vc me abriu uma porta importante que me ajudou na renda familiar. Um exemplo disso foi em janeiro deste ano, quando meu esposo voltou de férias, estávamos sem a renda dele, mas foi o mês em que a nossa loja mais lucrou, pagamos nossas contas e conseguimos investir ainda mais”.

 

Greice da Costa Santos, da Youplay, ressalta que o seu maior desafio nos negócios foi conciliar as demandas do trabalho e da família.

 

“Sou mãe solo e conseguir manter o equilíbrio entre os trabalhos e dar atenção e estar presente na vida de minha filha vem sendo meu maior desafio”, comenta a empreendedora.

 

Para Ana Fontes, fundadora e presidente do Instituto RedeMulher Empreendedora, “a mulher quando melhora suas condições, principalmente financeira, investe mais na educação dos filhos, apoia sua comunidade, assiste seus familiares. Além disso, a mulher contrata outras mulheres que vão reagir a essa melhora da mesma forma, potencializando mais pessoas”.

 

Essa afirmação é comprovada de acordo com um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT): negócios que possuem mulheres em postos de liderança têm melhor desempenho, e isso também acontece no Brasil.

 

O relatório “Mulheres na gestão empresarial: argumentos para uma mudança”, feito com base em uma pesquisa que ouviu mais de 13 mil empresas de mais de 70 países. O levantamento revela que instituições que passaram a ser lideradas por mulheres obtiveram aumento nos lucros, mais facilidade para atrair e reter talentos, tiveram melhora na criatividade e inovação e progresso em relação à reputação das empresas.

 

Isso significa que o empreendedorismo feminino vai muito além do próprio negócio ou da empresa. Mas sim se estende por toda a sociedade com impactos notáveis e positivos.

 

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