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6 passos para melhorar a gestão financeira da sua empresa

6 passos para melhorar a gestão financeira da sua empresa
Gustavo Freixo Publicado em 16 de Março de 2016 às, 12h00. Atualizado em 10 de Julho de 2023 às, 23h59.

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Quem diria que gerenciar recursos financeiros podia ser algo tão complicado. Muitos players presentes no mercado atual passam por grande dificuldade na hora de direcionar os seus recursos financeiros.

Em um mercado competitivo como o atual, onde vender por si só já se tornou uma arte complexa, saber gerenciar cada recurso que entra em seu caixa pode ser o divisor que irá determinar sua permanência no mercado ou sua ruína. Já ouvi muitos dizerem que empresa não quebra por faturamento, mais sim por caixa. Traduzindo, muitos empreendedores têm que fechar as portas por não saberem gerenciar os recursos que têm em suas mãos, e não por falta de vendas.

Portanto listei 6 passos para ajudar a lidar com os “numerários”:

  1. Não assalte seu negócio

Constantes retiradas do caixa, por parte do dono, é o mesmo que estar roubando sua empresa. Tenha a consciência que o dinheiro que entra das vendas, seja em espécie ou por meio eletrônico, pertence primeiramente à pessoa jurídica, e somente depois do correto destino é que esses recursos poderão ser destinados ao sócio ou aos sócios da empresa. Portanto tenha suas retiradas controladas e programadas. Organize as contas pessoais de forma alinhada com as possibilidades de retirada da empresa. Saiba quanto você poderá retirar do caixa e quando. Não prejudique o fluxo de caixa da empresa com contas pessoais. Deixe a administração amadora para os amadores, caso você tenha uma pequena empresa, busque uma administração de gente grande, para se diferenciar no mercado. Uma boa organização financeira, com certeza trará condições para a empresa crescer e se manter bem no mercado.

  1. Crie rotinas de pagamentos dos fornecedores

Gestão é criar rotinas. Embora grande parte da população não goste de ter sua vida baseada em rotinas, temendo o tédio, quando falamos de gestão financeira em empresas, rotinas são fundamentais. Crie rotinas de pagamentos com seus fornecedores e com seus funcionários, determine dias da semana para fazer pedidos e pagar os boletos, não se iluda com compras de reposição a prazo, trabalhe com pagamentos no máximo para 7 dias de prazo, ou seja, se comprei na segunda, na próxima segunda vou pagar e vou pedir novamente. Desta forma criei uma rotina de pagamentos. E se for possível, trabalhe com pagamento à vista. Ao desenvolver isto, você verá as saídas do caixa da sua empresa de uma forma mais equilibrada e distribuída, tendo os recursos mais controlados em suas mãos.

  1. Trabalhe por competência e não por pagamento no seu fluxo de caixa

Entrar em um jogo buscando o empate, quer dizer que você está perdendo. Trabalhar pensando somente em conseguir recursos para pagamento das contas, pode ser comparado com aquela equipe que sempre está correndo atrás de igualar o placar. Portanto trabalhe com seu fluxo de caixa por competência. Como? Exemplo: ao encerrar o mês no dia 30, você já deverá ter em sua conta o recurso para pagamento dos funcionários no dia 05 do próximo mês. Isto é trabalhar por competência. Vamos pensar no caso do aluguel, se o aluguel do seu estabelecimento do mês de Fevereiro vence somente no dia 10 de março, você deverá ter o recurso destinado para este fim até o ultimo ida do mês de fevereiro. Desta forma você entra no mês com tudo 100% em dia e com seu caixa equilibrado para suportar os desafios do mercado.

  1. Contabilize as migalhas

A frase: “migalha também é pão” é bastante conhecida. Entretanto, para chegar aos milhões é preciso contar as migalhas, isto pode ser novidade para muitos. Considere os centavos de suas contas, faça bater os resultados diários de seu caixa. Não menospreze nenhuma retirada e nenhuma casa decimal. Arredondar os valores aqui não é uma prática saudável. Você ficará surpreso ao ver o valor total com pequenos gastos que não consideramos no dia a dia da gestão financeira da empresa, seja com estacionamento, uma café pago com cartão da empresa, ou até um pedágio de uma viagem, guarde os recibos, anote cada centavo e contabilize todas as despesas, você poderá ter muitas surpresas ao verificar que está retirando da empresa muito mais do que imaginava.

  1. Capital de giro é capital para giro, não para gastos

Quem aqui já “torrou” o capital de giro da empresa pagando contas? Algo muito normal. Ou quantas vezes você foi ao banco acessar um crédito destinado para capital de giro e você aplicou para fazer diversas despesas (trocar de carro, por exemplo), menos para rechear seu caixa? Pois é, isso é um problema. Capital de giro é para girar, vamos comparar com aquele famoso brinquedo, o bumerangue. Assim é o capital de giro, ele está na sua mão no começo do mês, até que você o arremessa. Com o passar das semanas ele vai ficando cada vez mais distante, porém no final da brincadeira ele retorna para você. Ou seja, no final do mês o mesmo valor de capital de giro deverá estar ressarcido no caixa de sua empresa. Não use este capital para investimentos ou para gastos com despesas extra-operacionais, use para auxiliar no pagamento dos custos fixos e variáveis, ele existe para dar uma tranquilidade para trabalhar, afinal trabalhar capitalizado é bem diferente de trabalhar com caixa zerado.

  1. Engorde o caixa

Além do capital de giro em sua conta, tenha o hábito de reforçar o caixa. Destine parte do lucro de seu negócio para engordar o caixa da empresa. Desta forma você poderá negociar melhor com os fornecedores, estudar a viabilidade de fazer investimentos de forma mais prudente e dar uma resposta ao mercado mais rápida quando necessário. Caso necessário, destine este valor para outra conta, que não seja a conta corrente principal da empresa.

Por fim, dinheiro não pode ser o problema, deve ser parte da solução. Aplique estes passos no dia a dia da sua gestão financeira que você verá os resultados aparecerem de forma mais clara no caixa de sua empresa. Trabalhe com responsabilidade, porque desta forma será mais difícil uma crise econômica derrubar você e sua empresa. Muitos funcionários competentes, acostumados a trabalhar dentro de uma empresa bem estruturada, são em alguns casos, péssimos empreendedores, portanto saiba que você é um empresário, não se iluda com os recursos na sua mão e nem com a liberdade de gastá-los, mais saiba organizar, gerenciar e aplicar rotinas para os recursos serem a solução e não o problema.

 

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