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Confiança do consumidor brasileiro cai 5 pontos em fevereiro, revela índice da Associação Comercial de SP

Entenda a análise que reflete a perspectiva do consumidor

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 O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) fechou o mês de fevereiro em 98 pontos, cinco a menos do que os 103 registrados em janeiro. Ainda assim, a pontuação está bem acima do que há um ano, quando marcou 77 pontos. Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, a queda da confiança representa um desalinhamento entre as expectativas da população com o País e o que vem se materializando.

“Na passagem de dezembro para janeiro, o INC saltou 10 pontos e alcançou 103 pontos, o maior patamar dos últimos três anos e meio, puxado pela expectativa da população em relação às pequenas melhoras da taxa de desemprego. Contudo, passados praticamente dois meses em 2019, o consumidor não viu essa melhora ― as vagas não apareceram e a renda não cresceu tanto”, diz Burti, que também preside a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 24 de fevereiro.

Segundo o presidente da ACSP, outro fator para o recuo da confiança em fevereiro é a incerteza em relação ao encaminhamento e tramitação das reformas estruturais, o que causa insegurança no mercado financeiro.

Burti ressalta que o resultado de fevereiro do INC é consistente com os últimos dados oficiais de emprego divulgados pelo CAGED e pelo IBGE. Foram criados apenas 34 mil postos de trabalho no Brasil em janeiro, ante uma expectativa de 80 mil.

Situação financeira, emprego e renda

Todos os componentes de renda, emprego e situação financeira do INC oscilaram dentro da margem de erro na passagem de janeiro para fevereiro, embora estejam significativamente acima dos resultados de fevereiro do ano passado. No quesito emprego, por exemplo, 32% dos brasileiros sentem-se seguros em seus postos de trabalho, ao passo que 36% estão inseguros. Além disso, 15% acreditam que sua situação financeira vai piorar, enquanto 47% apostam numa melhora.
"Em função dessas inseguranças e da quebra de expectativas, o consumidor continua cauteloso em relação às compras, em especial as parceladas", analisa Burti.

Metodologia

O INC é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares, realizadas mensalmente em 72 municípios no Brasil inteiro, com amostra probabilística, com cota no último estágio de seleção e margem de erro de três pontos percentuais, representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).
 

(% DOS ENTREVISTADOS)

fev/19

jan/19

fev/18

SIT. FINANC. ATUAL BOA

27

25

20

SIT. FINANC. ATUAL RUIM

47

48

59

SIT. FIN. FUTURA MELHOR

47

50

35

SIT.FIN. FUTURA PIOR

15

13

24

SEGUROS NO EMPREGO

32

34

17

INSEGUROS NO EMPREGO

36

34

55

À VONTADE COMPR. ELETRO.

25

27

13

MENOS À VONT. COMP. ELET.

47

47

66

À VONTADE C/CARRO CASA

15

18

8

MENOS À VONT. CARRO/CASA

60

58

72

 

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