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10 dicas para uma boa gestão financeira de unidades franqueadas

Especialista em finanças relacionou os principais pontos de atenção para contribuir com a gestão dos negócios no franchising

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O mercado do franchising brasileiro tem boas perspectivas de crescimento para ano de 2018. As projeções do setor indicam um crescimento entre 7% e 8% em relação ao ano anterior, com crescimento de 5% em novas unidades e incremento de 4% em relação aos empregos gerados no setor. “Os números são bastante auspiciosos, o que desperta o interesse de possíveis novos interessados. E, de fato, o franchising tem se mostrado uma excelente opção para aqueles que tem interesse em empreender, mas não possuem nenhuma experiência anterior. Porém, algumas dicas podem ajudar aos franqueados que façam uma boa gestão financeira de suas unidades e atinjam resultados positivos para seu negócio”, sugere o professor, contabilista e administrador Carlos Afonso.

O especialista é também autor do livro "Organize suas finanças e saia do vermelho” e, a pedido do Portal Sua Franquia, listou 5 dicas para que franqueados façam uma boa gestão financeira de unidades franqueadas. Veja a seguir!

1 – Conheça o tipo de empresa

Existem diversos tipos de empresa que o empreendedor poderá considerar ao empreender. Cada uma guarda suas próprias peculiaridades e seus aspectos jurídicos.  A escolha correta do tipo de empresa deve ser feita levando em consideração as nuances legais, faturamento estimado, número de funcionários, quantidade de sócios que farão parte do negócio. É necessário conversar com um contabilista antes, de modo a ver qual a melhor opção para seu negócio. 

2 – Estude a tributação da empresa escolhida

Uma vez definido o tipo de empresa, é necessário considerar qual o regime de tributação que a empresa estará submetida. A escolha do regime de tributação leva em consideração diversos aspectos, tais como: faturamento esperado, número de funcionários e folha de salários/encargos, custo de produção, comercialização ou da prestação de serviços, margem de lucro esperada, bem como eventuais restrições legais na escolha do regime.

Vale lembrar que a lei faculta a mudança anual de regime, sempre no início de cada ano. Entretanto, a escolha errada no regime de tributação implicará no pagamento de tributos acima do que seria o correto. Converse com seu contador e veja qual a melhor opção tributária para seu negócio. 

3 – Fique de olho na contabilidade

A contabilidade é muito mais do que uma geradora de guias para recolhimento de tributos e encargos. É ela quem gera informações relevantes para o processo de tomada de decisão do seu negócio. O desejável é receber os balancetes mensalmente.

Aquele que não acompanha o que está acontecendo com o seu negócio não consegue sequer tomar uma decisão acertada. As demonstrações contábeis – que nada mais são do que produto final da contabilidade – representam uma verdadeira radiografia do seu negócio. Não prescinda dele. 

4 – Faça um controle de fluxo de caixa adequado

Um dos maiores problemas que as empresas enfrentam é o controle do Fluxo de Caixa. Essa peça de fundamental importância para todas as empresas consiste na previsão das entradas (receitas) e dos pagamentos (saídas) do negócio, de modo a indicar eventuais períodos em que haja necessidade de captação de recursos, ou períodos onde haja excesso de recursos e seja possível investi-los.

Sem fluxo de caixa não conseguimos sequer saber quanto e quando precisaremos de recursos para honrar com os compromissos. Desta forma, como explicar para o gerente do banco quanto se quer pedir?

5 – Vai precisar captar recursos? Faça a lição de casa

Sua empresa vai precisar captar recursos? Já sabe quanto precisará e em que período necessitará de recursos? Então o próximo passo é procurar os bancos de seu relacionamento e fazer simulações e comparativos.

Consulte o site do Banco Central do Brasil para se informar sobre as taxas que estão sendo praticadas no mercado e de modo a comparar se aquilo que está sendo ofertado está dentro ou acima da média.

Outra boa opção são os bancos cooperativos, que normalmente são mais competitivos em termos de taxas para captação de recursos. Também existem fintechs no mercado com taxas bastante atraentes. A ordem aqui é pesquisar, antes de sair contratando qualquer linha de crédito.

6 – Se relacione com o seu banco

O processo de relacionamento bancário ocorre muito antes de qualquer operação bancária. Isso porque, quanto mais o agente financeiro souber a seu respeito, melhores tendem a ser as condições a serem oferecidas.

Além disso, dependendo do tipo de operação, o banco solicitará diversas informações prévias, de modo que possam ter tempo hábil de analisar os dados e estabelecer um rating. Deste modo, sempre é conveniente munir o seu gerente bancário de dados do seu negócio, tais como declaração de faturamento assinada pelo seu contador, bem como o balancete contábil mais recente.

Acredite, existem diversas modalidades de capital de giro que a empresa pode se valer para projetos de expansão, capital de giro, renovação de frota de veículos, entre outros.

Entretanto, essas operações necessitam de um volume considerável de informações contábeis e fiscais das empresas (nada impossível para aqueles que andam em ordem).

7 – Atenção para as tarifas bancárias e cartões de crédito

Preste atenção do seu extrato bancário e analise o que o banco está cobrando em termos de tarifas. Será que aquele pacote de tarifas está corretamente dimensionado para a estrutura da sua empresa? Ou será que o seu pacote de tarifas está superdimensionado e todo mês você paga uma fábula para o banco.

O mesmo vale para sua operadora de cartão de crédito em relação às tarifas que são cobradas. Hoje a concorrência entre as processadoras de cartão de crédito é enorme, trazendo inclusive uma preocupação junto às grandes empresas do ramo, que até então nadavam de braçada neste segmento. Pesquise bastante. Você pode se surpreender. 

8 – Fique esperto com a estrutura de custos e despesas

Não descuide da estrutura de custos e despesas do seu negócio. Tenha certeza de que eles estão corretamente dimensionados para o porte ou faturamento do seu empreendimento.

Os estudiosos do assunto há muito tempo falam que custos nas empresas são como unha: de tempos em tempos ela cresce e precisa ser aparada. Os custos e despesas em excesso acabam por comprometer a lucratividade do negócio. 

9 – Converse com outros franqueados

Obviamente cada unidade franqueada tem a sua própria dinâmica, suas características, seu público, seu movimento e tudo mais. Entretanto é importante que os franqueados de uma mesma rede conversem com frequência, a fim de trocar ideias, experiências e quem sabe rentabilizar melhor o negócio através da implementação de alguma ação que algum franqueado esteja colocando em prática e trazendo bons resultados.

Vale lembrar, ocasionalmente eventuais ações precisarão de aval do franqueador para ser colocada em prática.

10 – Capacite-se

Qualquer empreendimento requer muita dedicação de seus sócios, quer na operação do negócio em si, quer se capacitando para torna-lo cada vez melhor (em todos os aspectos).

Não deixe de se capacitar, quer frequentando boas empresas de cursos e treinamento corporativo, quer participando dos eventos promovidos pelo franqueador, feiras de negócios e aquelas voltadas ao empreendedorismo. Quanto mais você se capacitar, mais conhecerá as nuances do seu negócio e do setor onde ele se encontra e maiores serão chances de você perpetua-lo.

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Saiba mais: Como abrir uma franquia 

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