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De Berlim a Londres: conheça as escolas cervejeiras mais tradicionais do mundo

Desde a Lei da Pureza alemã, que proibia o uso de mais de três ingredientes na produção de cervejas, conheça a evolução da diversidade pelas quatro principais escolas do mundo

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Que a cerveja é uma bebida milenar, todos sabemos. Não se sabe exatamente quando foi que ela surgiu, mas estima-se que tenha sido por volta de 9.000 a.C. Quando os homens saíam para caçar, as mulheres ficavam responsáveis por cuidar dos grãos que seriam usados para fazer pão. Alguns desses grãos acabavam ficando nos fundos dos jarros e tomavam chuva e sol. Foi assim que eles começaram a ser fermentados e se “transformaram” em cerveja.

O que poucos sabem é que cada país contribuiu de maneira muito particular para o desenvolvimento da cerveja que conhecemos. É por isso que hoje usamos o termo “escolas cervejeiras”, para designar a atuação de cada nação neste universo cervejeiro.

Atualmente, conhecemos quatro grandes escolas: a alemã, a inglesa, a belga e, mais recentemente, norte-americana. Cada uma possui suas marcas registradas na produção da bebida e é conhecida por algum diferencial, como conta a Mestre-cervejeira da Cervejaria Ambev, Larissa Portela.

Escola Alemã

Para falar sobre a mais tradicional escola cervejeira do mundo, é importante ressaltar que nela se inclui também a República Tcheca, berço da cerveja pilsen. A escola alemã é um pouco mais tradicional, pois baseia-se na Lei da Pureza de 1516, que determinava que a cerveja deveria ser feita com apenas três ingredientes: água, malte e lúpulo.
Diferente de outras escolas, a alemã é mais conhecida por suas cervejas serem, em sua grande maioria, do tipo lager e produzidas com apenas quatro ingredientes. “Era proibido usar qualquer malte que não fosse de cevada e qualquer ingrediente diferente, como frutas, por exemplo. Com o passar do tempo, o malte do trigo foi aceito na lei. Hoje em dia, percebemos que puro malte não é o único jeito de fazer cerveja, mas, sim, apenas mais uma forma, dentro da imensa variedade e diversidade de ingredientes”, afirma Portela.

Escola Belga

Conhecidos por serem bastante exóticos e ousados na produção cervejeira, os belgas gostam de se aventurar um pouco mais e isso os coloca em uma posição completamente oposta aos alemães. Eles usam outros cereais, adicionam especiarias, frutas e até condimentos. Um exemplo disso é a witbier que, tradicionalmente, leva semente de coentro e raspas de laranja em sua composição.
“De maneira geral, as cervejas belgas são marcadas pela diversidade e criatividade dos mestres-cervejeiros”, comenta Portela. “Elas têm alta fermentação, sabores e aromas mais complexos. Tudo o que tem potencial para agregar novos sabores é válido ser experimentado”, complementa.

Escola Inglesa

As cervejas produzidas no Reino Unido são completamente diferentes das alemãs e belgas. Os britânicos – não apenas os ingleses – produzem cervejas, em sua maioria, mais escuras, mais maltadas e são servidas com uma carbonatação mais suave. As ales são suas marcas registradas.
Com o tempo, as cervejas inglesas se tornaram como conhecemos hoje: mais potentes e com maltes mais torrados. Outra característica importante dos britânicos é a diversidade cervejeira. Eles fazem ales para todos os gostos, como english pale ale, stout e barley wine.

Escola Norte-Americana

Mais nova das quatro grandes escolas cervejeiras, a norte-americana começou a ganhar espaço nos anos 70. Um movimento de cervejeiros artesanais norte-americanos provocou um boom na forma de se fazer cerveja no país. Tanto que hoje em dia, o estilo de cerveja mais consumido no mundo é o american lager.
A escola norte-americana tem um pouco de cada uma das outras três. Porém, a principal marca é o exagero. Ou elas são muito alcoólicas e muito amargas ou são cervejas com 3% de álcool e amargor mais suave. Outro destaque da escola são os lúpulos. As variedades produzidas nos Estados Unidos têm por característica conferir sabores bem cítricos e intensos à bebida.

 

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