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Da política ao varejo, do varejo às franquias

Da política ao varejo, do varejo às franquias
Décio Pecin Jr. Publicado em 01 de Janeiro de 2015 às, 01h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 09h56.

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Li em recente editorial publicado por um grande jornal brasileiro a seguinte expressão: “a economia ‘mais ou menos’ dos anos Dilma”. O texto em si não tratava sobre economia, mas unicamente sobre política e possíveis presidenciáveis para as eleições de 2014, mas ainda assim a expressão que abria o tema em debate muito me chamou a atenção. Ao que tudo indica, o desempenho econômico registrado nos últimos doze meses continuará gerando desconfortos e desconfianças em Brasília, contudo, ainda há setores que têm motivos para comemorar.

Apesar de ter registrado a sua menor expansão nos últimos três anos, o setor de varejo conseguiu se ‘descolar’ do restante da economia e apresentar números razoáveis de crescimento. Cálculo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado na primeira metade de janeiro aponta expansão de 8,9% entre os meses de janeiro e novembro de 2012, enquanto que ao longo de todo o ano o PIB brasileiro cresceu somente 1%, dando margem para a criação da já famigerada expressão “pibinho”.

Para driblar as adversidades econômicas - muitas delas reflexo da expansão da crise no mercado europeu e do momento de incertezas na economia norte-americana - o Governo Federal passou a atuar de forma mais incisiva na economia interna, fato que inclusive gerou questionamentos sobre a atuação pouco alinhada ao liberalismo da cúpula presidencial. Entre algumas das medidas tomadas, houve a redução dos juros repassados ao consumidor final e a redução das alíquotas sobre depósito compulsório, o que eleva a quantidade de crédito disponível no mercado.

Como consequência de uma política monetária estável nas duas últimas décadas, temos o baixo nível de desemprego e a maior renda do brasileiro, fatores que também estimulam o consumo e, portanto, a movimentação da economia interna. Tendo o respaldo das intervenções do Governo e das condições favoráveis no mercado consumidor, as vendas no varejo foram impulsionadas e, se não apresentaram o mesmo nível de crescimento de anos anteriores, mantiveram uma taxa de expansão animadora quando comparada ao restante da economia.

Partindo do pressuposto de que parcela considerável das empresas que operam no sistema de franquias está inserida no varejo, o desempenho positivo também se aplica a elas. O número ainda não foi confirmado, mas a expectativa é que o franchising tenha crescido acima de dois dígitos em 2012, apresentando expansão entre 10% e 15% no período. Ou seja, ainda que não haja confirmações, de antemão é possível afirmar que o desempenho do varejo impactou positivamente o segmento de franquias.

A mesma tendência deve ser mantida em 2013. Por ora, não há sinais concretos da recuperação dos mercados na Europa e da plena recuperação da economia norte-americana, o que deve manter os esforços do Governo brasileiro em estimular a economia interna do país. A oferta de crédito no mercado consumidor deve continuar alta e as redes de varejo devem continuar se beneficiando das medidas governamentais, beneficiando também as redes de franquias que atuam no país.

 

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