O Brasil e em especial as cidades que vão abrigar os jogos por ocasião da Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016 devem enfrentar grandes desafios até o momento da realização, durante e depois dos eventos para aproveitarem as oportunidades que eles vão gerar para a economia no Brasil. As empresas terão tempo suficiente para se prepararem se fizerem um planejamento adequado dos investimentos necessários para usufruir das oportunidades que serão geradas para o segmento em que atuam. As organizações, empresas e órgãos públicos estão divulgando essas oportunidades, porém no campo do fazer cada um é responsável por agilizar a implantação de suas estratégias e não esperar de braços cruzados.
O grande desafio será do governo nos quesitos de infraestrutura urbana, aeroportuária e segurança. Às empresas privadas cabe analisar o que esse grupo de visitantes vai necessitar e onde podem incrementar serviços, produtos e apoio para gerar mais resultados em seus negócios.
As necessidades de investimentos são muito elevadas. Só no Rio de Janeiro estão previstos US$ 15 bilhões até 2016, segundo fontes do Comitê Olímpico Internacional. O grande desafio, porém, dará ao Brasil a oportunidade de acelerar o desenvolvimento econômico e social em curto período de tempo. De acordo com a pesquisa Brasil Bola da Vez (Deloitte/Ibri), as áreas que mais devem receber investimentos em função dos megaeventos esportivos são: Indústria da construção (65%); Turismo, hotelaria e lazer (55%); Transporte aéreo e infraestrutura aeroportuária (53%); Infraestrutura urbana – água, saneamento básico e outros (26%); Atividades esportivas (25%); Transporte ferroviário e metroviário (21%); Transporte e infraestrutura rodoviária (13%); Publicidade e propaganda (11%); Infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação – TIC (10%); Energia elétrica (9%).
Por outro lado, os megaeventos vão impactar indiretamente vários setores que na mesma proporção precisam se preparar para atenderem uma demanda grande por bons produtos, serviços de qualidade, conforto, conveniência e segurança. Dentre estes setores, segundo a mesma pesquisa da Deloitte/Ibri, estão: Comércio (88%), Bancos e serviços financeiros (48%); Indústria de eletroeletrônicos (38%); Educação (36%); Ciência e tecnologia (22%); Geração de energia por fontes renováveis (20%); e outras (8%).
Ainda de acordo com o estudo, as maiores oportunidades para investimento relacionados à copa 2014 são: Região Sudeste (72%); Região Nordeste (53%); Região Sul (27%); Região Norte (17%) e Região Centro-Oeste (10%).
Para a empresa privada aplicar todos os investimentos necessários e conseguir marcar presença nas diversas regiões por onde passarão os consumidores provenientes deste dois megaeventos é um desafio e um desembolso de recursos que muitos empresários não terão a condição para realizar no prazo necessário. Já para as empresas que atuam com o sistema de franquias para a expansão de seus negócios, o cenário muda. As condições para estar presente e usufruir das vantagens que estes eventos vão proporcionar vão depender muito mais de sua agilidade de planejamento e execução do que de recursos, apesar de exigir delas um volume de investimento em estrutura e pessoas.
Agora é o momento das empresas que receberão impacto de consumo por ocasião da Copa e das Olimpíadas reverem seus planos de expansão e incluir o franchising como a forma mais rápida e menos onerosa para tal. Estar presente em vários mercados num curto período de tempo só será possível com o sistema de franquias muito bem estruturado. De hotéis a albergues, do restaurante cinco estrelas aos fast foods e dos serviços de delivery em alimentação e outros serviços pessoais, das redes de escolas aos professores particulares, das frotas de táxis aos transportes particulares especiais, da segurança coletiva à segurança particular, dos hospitais aos serviços de atendimento domiciliares, e outras tantas mais, tudo em prol de suprir uma demanda que precisará ser atendida em todas suas necessidades na época desses eventos.
O franchising permite estar presente e oferecer conveniência e conforto à população visitante e agregar valor aos residentes. Neste sentido, cabe um alerta aos empreendedores brasileiros que pensam em abrir o seu negócio próprio: procure ver nas franquias aquelas que mais têm condições de atender parte dessa demanda direta ou indiretamente, e invistam com maior segurança.
Este momento em que o Rio de Janeiro sedia a segunda maior feira de franquias do Brasil é propício para se avaliar negócios que possam gerar mais resultados nas ocasiões da Copa e Olimpíadas, e para os empresários/franqueadores também analisarem quais serviços e produtos podem adicionar às redes de franquias para oferecerem mais e melhor para esse público.
Enfim, existe um mundo de oportunidades que precisam ser exploradas pelas redes de franquias uma vez que estas já têm uma capilaridade, o que facilita o atendimento e a venda de produtos e serviços agregados.
Para os franqueadores que estão com a expansão de sua rede de franquias em desenvolvimento, cabe avaliar quais mercados, regiões e cidades terão condições de obterem melhores resultados com os eventos. O importante é permitir que o franqueado e a rede como um todo usufruam desses momentos únicos que acontecerão no Brasil. E o momento para planejar essas ações é agora.
