Há quase três anos um assunto tem destaque especial nos cadernos sobre o Mercado: a alta dos preços dos imóveis, seja para compra ou aluguel.
As perguntas e análises são as mesmas: o mercado imobiliário está supervalorizado? O Brasil será vítima de uma bolha imobiliária? Qual a tendência dos preços em curto prazo? Tais questionamentos requerem uma pesquisa na história da indústria da construção civil e da economia brasileira nos passados 30 anos.
A última grande expansão do mercado imobiliário ocorreu na década de oitenta através dos programas habitacionais do extinto BNH (Banco Nacional da Habitação). Naquela época houve o recorde de 627 mil unidades financiadas, que só foi alcançado em 2009, exatos 29 anos depois. Portanto, é de fácil entendimento a necessidade do ajuste destas quase três décadas de recessão nesta indústria, o que promoveu a alta dos preços, impulsionados pela baixa oferta e crescente demanda por unidades, sejam residenciais ou comerciais.
De fato, não estamos vivendo uma bolha imobiliária. Estamos em um processo de transição econômica no qual a falta de planejamento do crescimento do país provoca escassez de recursos humanos e infra estrutura que deturpam o entendimento do cenário atual, protegendo a imagem da máquina pública e de seus governantes. O boom imobiliário é inevitável para a volta do crescimento do país, afinal, este é o primeiro sinal de que o país está prosperando.
No franchising, as dificuldades de suportar o crescimento deste mercado através da expansão dos franqueadores são inúmeras. Entre elas está a escassez de pontos comerciais e os altos preços das locações e “luvas” comprometem novos empreendedores a iniciar as suas operações.
Por outro lado, esse fator restritivo têm levado a indústria varejista a criar soluções para a sua expansão em outros canais que não sejam os tradicionais shoppings centers e lojas de rua. Sejam franquias de produtos, alimentação ou serviços, o cardápio de opções de implantação abrange rede de supermercados, atacadistas em geral, faculdades, estações de transporte público e outros. A criatividade e estratégia empresarial estão acompanhando outros nichos com grande fluxo de consumidores.
Para aqueles empreendedores apaixonados por lojas em shoppings centers e que não abrem mão deste canal, fica uma sugestão: não há uma plano de negócio bem feito que resista à falta de planejamento na escolha correta do ponto comercial.
Atualmente a taxa de vacância nos shoppings centers é inferior a 2,0%, ou seja, uma oferta de espaços que não dá ao empreendedor opções de escolha, o que pode provocar um equívoco operacional comprometendo o negócio, seja pela inadequada localização ou exagerado valor de locação que distorce o EBITDA do negócio.
Como especialista do franchising de serviços de transação imobiliária, posso garantir que ainda estamos no processo de acomodação dos valores de locação de imóveis, sem nenhuma previsão de queda. Portanto, minha recomendação para os novos empreendedores do Franchising é que pensem duas vezes antes de locar um espaço baseado em sua intuição e sugestões de terceiros. Peça ao seu franqueador que recomende empresas de serviços de geomarketing disponíveis para análise da localização e, nos shoppings já em operação, analise junto à administradora o Track Record (histórico) dos negócios anteriores do ponto escolhido.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. Sucesso na escolha!