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Criar uma startup do zero ainda é um ato de coragem?

Por Diogo Catão, CEO da Dome Ventures

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O cenário atual é favorável para quem quer começar uma startup do zero. Com as transformações do mercado, diversas portas estão se abrindo à medida que surge a necessidade de soluções inovadoras em diversas áreas. Criar estratégias e respostas para diferentes negócios nunca é fácil. É preciso ter ideias disruptivas, dedicar tempo e esforço para desenvolvê-las.

 

Dessa maneira, o sucesso do negócio depende também das pessoas por trás dele. Quando se trata de tirar um projeto do papel, é fundamental ter disposição, visão específica, inteligência de mercado e estratégia de crescimento em longo prazo. Assim, é possível fazer a diferença para o segmento e para a sociedade.

 

Isso pode ser considerado um ato de coragem, sim. Apesar de desafiador, ainda há muitos caminhos para encontrar financiamento para uma startup partindo do zero: plataformas de crowdfunding, venture capital, investidores-anjo, seed money e até programas governamentais de empreendedorismo, por exemplo. Para além do investimento financeiro, é importante contar com poder de adaptação dentro do mercado, aprendendo com os erros e evoluindo. Uma combinação de criatividade, trabalho e boas ideias pode tornar qualquer empresa bem-sucedida.

 

Companhias e governos têm demonstrado interesse em investir em inovação, o que também facilita esse processo. Vale destacar ainda as mudanças no comportamento do consumidor, principalmente no período pós-pandemia. As pessoas passaram a enxergar a tecnologia de maneira diferente. Afinal, novos hábitos e gargalos no cotidiano geram novas oportunidades para empreendedores que querem atender a essas demandas.

 

Principais desafios

É preciso ter em mente alguns pontos de atenção para contornar os desafios inerentes a qualquer novo negócio, como a competitividade. É cada vez mais difícil se destacar entre diversos novos projetos inovadores. Para conquistar visibilidade, é necessário ser criativo, oferecendo uma solução única. A concorrência também pode dificultar a entrada de investimentos, já que os programas para aplicações se tornam mais criteriosos e acirrados.

 

Outro ponto que pode ser negativo é a falta de experiência, já que o conhecimento é rei dentro desse mercado. Muito estudo e know-how são elementos-chaves para atuar como empreendedor no setor de inovação, principalmente para começar um negócio do zero. Outra questão igualmente importante, mas menos valorizada, é a gestão de equipe. Um time enxuto e capacitado, com habilidades específicas para crescer, é o diferencial rumo ao sucesso em cada setor.

 

Já a conquista dos primeiros clientes é uma dificuldade unânime, um desafio para todos os novos empreendimentos, sem contar a questão financeira. É comum que as startups tenham um orçamento bem apertado, especialmente quando estão dando os primeiros passos. Para lidar com isso, é preciso encontrar ferramentas para economizar e maximizar os recursos. Portanto, os empreendedores precisam ser flexíveis, criativos, talentosos e comprometidos.

 

Perspectivas para as govtechs no Brasil

Há dois segmentos dentro do guarda-chuva govtech que tendem a crescer bastante. O primeiro é o de segurança pública. Essa área é muito desafiadora, especialmente nas esferas federal e estadual. Existe um alto índice de criminalidade que pode ser monitorado com soluções voltadas à verificação de dados, à fiscalização de áreas de risco, à digitalização de processos, entre outros recursos e estratégias.

 

Outro âmbito de crescimento diz respeito à saúde pública. Trata-se de um setor importantíssimo, com grandes oportunidades tecnológicas. A pandemia impulsionou diversas transformações nessa área diante do cenário de isolamento social. Um exemplo disso é a startup Agilizamed, que conecta médicos generalistas a especialistas por meio de uma plataforma on-line, agilizando o atendimento e o tratamento de pacientes do SUS.

 

A startup Cidade Conectada também é um destaque. O app oferece diversos serviços da prefeitura na palma da mão do cidadão. Com a ferramenta, o indivíduo pode agendar consultas, exames e vacinas, entre outros serviços. Ou seja, o crescimento de govtechs no Brasil é exponencial e diversas cidades e diversos estados brasileiros estão dispostos a abraçar soluções inovadoras.

 

*Por Diogo Catão, CEO da Dome Ventures, uma Corporate Venture Builder GovTech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil.

 

Sobre a Dome Ventures

A Dome Ventures é uma corporate venture builder GovTech que nasceu com o propósito de transformar o futuro das instituições públicas no Brasil. Sua missão é contribuir com o avanço digital do setor público, selecionando e desenvolvendo de forma contínua inovações aplicadas e startups que possuam soluções para impactar positivamente a sociedade e a vida de toda a população. Para mais informações, acesse: https://dome.ventures/.

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