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Bares e restaurantes têm aumento no volume em janeiro e ajudam a amenizar resultado negativo em Serviços

Alta de 0,7% em alimentação fora do lar é expressivo, principalmente diante do resultado geral negativo de -3,1% nos Serviços do país

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Resultado da Pesquisa Mensal de Serviços de janeiro, divulgada pelo IBGE na última sexta-feira (14) confirma tendência de pesquisas da Abrasel junto aos empresários de bares e restaurantes, com números piores no resultado das empresas neste começo de ano em relação ao fim de 2022. Apesar da alta de 0,7% no volume de serviços em Alojamento e Alimentação (segmento no qual alimentação fora do lar representa 84% das empresas, segundo dados da Receita), houve um arrefecimento em relação a dezembro, quando o volume teve alta de 2,8% no setor.

A média geral do país registrou a maior queda na série histórica do indicador, com -3,1% (os números são apurados desde 2012). Em receita nominal, o crescimento no setor foi de 0,3%, contra alta de 0,4% em dezembro. Mas também uma alta mais expressiva que a média, de 0,1% no mesmo período. Pesquisas da Abrasel mostram que o resultado das empresas também registra piora neste começo de ano, com 30% realizando prejuízo em fevereiro (eram 23% em janeiro e 19% em dezembro) e outras 36% em equilíbrio, sem conseguir lucrar.

“O tombo em serviços de um modo geral foi grande, com -3,1% em janeiro. No nosso setor houve uma alta de 0,7%, este é o copo meio cheio, pois mostra que com todas as dificuldades somos resilientes e estamos contribuindo positivamente de modo expressivo para o resultado. O que acontece é que a inflação elevada, infelizmente, prejudica os resultados, levando a maior parte das empresas a trabalhar sem lucro”, explica Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.

No acumulado de 12 meses, o segmento tem quase o triplo de alta no volume de serviços em relação à média geral, com um crescimento de 23% em alojamento e alimentação, contra 8% na média de todos os serviços. Na comparação entre janeiro de 2023 e janeiro de 2022, a diferença é menor: 11,2% em alimentação, contra 6,1% da média geral. “O nosso crescimento mais expressivo se deu depois de março de 2022, quando começaram a cair as restrições ao funcionamento dos bares e restaurantes em função da pandemia.

Mas este crescimento traz consigo ainda a herança dos tempos mais difíceis, que faz com que hoje quase um terço do nosso setor trabalhe com prejuízo, enquanto muitos se vêm às voltas com dificuldades crescentes para pagar as contas e os empréstimos tomados para sobreviver. Neste contexto, é urgente que venha um auxílio, na forma de inclusão de programas como o Perse, para que as empresas do consigam se reorganizar e manter as portas abertas e os empregos que são gerados pelo setor”, completa Solmucci.

Fonte

Agência Sebrae

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