Empreender com uma franquia pode ser o caminho para realizar o sonho do próprio negócio com mais segurança. Mas essa jornada exige preparo, dedicação e a consciência de que o sucesso não acontece por acaso. Wilson Silveira, franqueado da rede CNA+, e Eduardo Murin, COO do grupo, compartilharam suas visões sobre os desafios e as estratégias que fazem a diferença no mundo do franchising. As experiências deles trazem aprendizados valiosos para novos e futuros franqueados.
Pesquisa e muito trabalho
Silveira nunca havia empreendido antes de abrir a escola CNA+. Depois de 15 anos atuando em grandes empresas, decidiu mudar de rota. “Era um sonho ter o próprio negócio. Pesquisei muito e escolhi o grupo CNA+”, conta. Neste ano, ele foi eleito o "Franqueado do Ano" pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), que chancela, com o Selo de Excelência do Franchising, os melhores do setor.
A fase de pesquisa, muitas vezes negligenciada por novos empreendedores, foi seu primeiro grande acerto. Ele buscou informações sobre o mercado, analisou a reputação da marca e conversou com diversos franqueados. "Para mim, era uma premissa escolher uma franquia já com uma história de sucesso e que tivesse uma ótima reputação com os atuais franqueados", diz Silveira.
Outra medida foi conversar com muitos franqueados para ouvir o que diziam sobre o franqueador e conhecer mais sobre a operação da franquia. "Eu vejo muitas pessoas assinando um contrato de franquia sem um estudo profundo", observa.
Os três erros mais comuns
Silveira destaca os três erros mais comuns cometidos por franqueados e que não necessariamente são dele.
1. Achar que vai trabalhar menos
“Não vai! Talvez você tenha mais flexibilidade de horários, mas no início vai trabalhar mais, principalmente nos primeiros cinco anos", aponta. A ilusão de que o modelo de franquia traz uma rotina mais leve pode ser perigosa, segundo Silveira.
2. Esperar que o franqueador resolva tudo
“O franqueador oferece um modelo de negócio validado, mas o sucesso da unidade local depende muito do franqueado. Diria que 70% do resultado está nas mãos de quem opera a franquia”. Em outras palavras, Wilson Silveira enfatiza que a autonomia vem acompanhada de responsabilidade.
3. Acreditar que os clientes virão sozinhos
“Quando eu iniciei em franquia, achava que não precisaria buscar clientes, que eles viriam espontaneamente. Não é bem assim. Num mundo extremamente competitivo, você precisa, dia a dia, trabalhar para conseguir clientes, então, ter foco no comercial e no marketing é indispensável”.
Os acertos que destacaram o franqueado
Se os erros ensinam a operar melhor, os acertos, com certeza, contribuem com o sucesso. Para o franqueado do ano de 2025, além da pesquisa inicial, três outras iniciativas contribuem para a prosperidade do negócio.
1. Seguir o modelo com disciplina
Aderir às práticas e aos procedimentos propostos pelo franqueador e estar próximo do franqueador compartilhando dificuldades e buscando soluções.
2. Valorizar a rede de franqueados
Para ele, o networking interno é uma das maiores forças do sistema. "Usar a rede de franqueados para trocar experiências é minha dica de ouro. É preciso trabalhar em rede".
3. Apostar no aprendizado contínuo
Participar de treinamentos e focar no desenvolvimento da equipe que estará na operação. Nunca se sabe tudo e as coisas mudam, o que gera a necessidade constante de adquirir novas habilidades. “Aprender sempre", recomenda.
O que faz uma franquia prosperar?
Do lado da franqueadora, Eduardo Murin traz a perspectiva estratégica de quem acompanha a expansão de uma das maiores redes de idiomas do País. Para ele, o sucesso de um negócio no franchising começa com um modelo.
“Para se tornar uma franquia de sucesso, o negócio precisa ser replicável, padronizável, sustentável, consolidado e gerar valor real ao consumidor. Isso significa ter processos bem definidos, um modelo testado e aprovado pelo mercado, além de uma proposta clara de diferenciação", explica Murin.
O executivo destaca que o CNA+ também investe na robustez da estrutura de apoio. “Isso garante a padronização da entrega e a consistência da experiência do cliente, independentemente da localização da unidade ou modelo de negócio do franqueado", explica.
Na visão do executivo, a franquia é uma porta de entrada para o empreendedorismo com menos riscos, mas exige características específicas do franqueado:
- Espírito empreendedor;
- Capacidade de gestão;
- Afinidade com o setor de atuação; e
- Disciplina para seguir um modelo consolidado.
“Acreditamos em um modelo de franquias que contribui para um empreendedorismo disciplinado, em que o franqueado tem liberdade para crescer, mas dentro de um ecossistema estruturado, com metas claras e apoio contínuo”, afirma.
Inovação e parceria
Com mais de 50 anos de história e quase 750 unidades espalhadas pelo Brasil, o CNA+ continua inovando para atender diferentes mercados. Um exemplo é a franquia digital, criada para municípios menores e sem necessidade de ponto físico.
A diversificação de modelos, incluindo a expansão da Ctrl+Play, escola de programação e robótica, reflete a adaptação da rede às tendências do mercado e às necessidades regionais. “Esses movimentos mostram que seguimos atentos às tendências do mercado e à evolução do comportamento dos consumidores, sempre ao lado dos nossos franqueados”, destaca Murin.
Imagem de capa: Freepick
Imagem interna: Divulgação
