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Praticidade redefine o consumo urbano no Brasil

Lavanderia e varejo autônomo aceleram expansão com soluções 24 horas e pagamentos digitais

Praticidade redefine o consumo urbano no Brasil
Redação Publicado em 18 de Agosto de 2025 às, 16h45. Atualizado em 18 de Agosto de 2025 às, 17h08.

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A vida nas grandes cidades é sinônimo de ritmo acelerado, e a busca por soluções que otimizem o tempo e ofereçam conveniência nunca foi tão intensa. Hoje, os serviços de autoatendimento estão redefinindo a forma como a população das megalópoles consomem e interagem com serviços urbanos. De lavanderias a minimercados, autonomia e agilidade se tornaram os pilares de um novo modelo de consumo.

O modelo de lavanderia self-service, totalmente automatizado e muitas vezes com operação 24 horas, está em plena ascensão no Brasil. Com cerca de 3 mil unidades operando nesse formato, o setor projeta dobrar o uso desse serviço até 2030. Essa expansão acompanha uma tendência global, já que este mercado, avaliado em US$ 4,5 bilhões em 2024, deve atingir US$ 7,2 bilhões até 2033, impulsionado pela conveniência e tecnologia, como aplicativos de pagamento e máquinas conectadas que otimizam a experiência do usuário.

Franquia Maria Express

A Maria Express, uma rede de lavanderias self-service, é um exemplo dessa modalidade no País. Em apenas dois anos de operação, a empresa atendeu mais de 100 mil clientes e expandiu sua presença para 153 municípios, totalizando mais de 200 unidades. De acordo com o CEO da empresa, André Belarmino, o crescimento do setor reflete as mudanças no estilo de vida urbano.

"Hoje, as pessoas moram em espaços menores e a lavanderia se tornou um desafio. A redução na contratação de empregadas domésticas também impulsionou a busca por terceirização de tarefas. Além disso, notamos um novo perfil de consumidor: solteiros, casais jovens e até mesmo residentes temporários buscam soluções flexíveis, sem burocracia, que se encaixem na rotina agitada da cidade”, afirma Belarmino.

A franquia Maria Express possui dois modelos de negócios: loja e contêiner, ambos com funcionamento 24 horas e totalmente automatizados. O investimento inicial começa em R$ 189 mil. A previsão de faturamento mensal é de R$ 30 mil e lucro médio de até 50%.

Franquia Maria Express

Minimercados autônomos

Outra tendência que vem ganhando espaço no autoatendimento são os minimercados autônomos, também chamados de honest market. Sem funcionários por perto, esses espaços funcionam a partir da tecnologia, permitindo que o cliente escolha o que deseja, pague pelos totens digitais e leve os produtos sem precisar passar por um caixa tradicional. Esse modelo tem conquistado cada vez mais espaço em condomínios, empresas e academias, onde praticidade e agilidade fazem toda a diferença no dia a dia.

Com o crescimento acelerado desse setor, empresas de tecnologia têm desempenhado um papel central na sua consolidação. A AMLabs, por exemplo, é responsável pela operação de mais de 13 mil pontos de venda em todo o país e acompanha de perto essa transformação do varejo.

Mercadinho autônomo AMLabs

Para o CEO da companhia, Leandro Fidelis, o avanço do modelo no País representa uma mudança definitiva nos hábitos de consumo. “Estamos vivendo um momento único de expansão do mercado de honest market no Brasil. A tecnologia que desenvolvemos já está presente em milhares de pontos, facilitando a vida dos consumidores e transformando o varejo tradicional”, explica Fidelis. Já consolidado em países como China e Estados Unidos, o modelo de honest market chegou ao Brasil como uma grande aposta durante a pandemia e rapidamente se integrou à rotina dos consumidores.

De acordo com estudo da Fortune Business Insights, o mercado global de self-checkout, avaliado em US$ 4,8 bilhões em 2023, deve alcançar US$ 13,9 bilhões até 2030. No cenário nacional, a expectativa é que o setor cresça mais de 350% nos próximos anos.

Perfil do consumidor do autoatendimento urbano

O consumidor que adota o autoatendimento em serviços como lavanderias self-service e minimercados autônomos compartilha características marcantes, desenhadas pela dinâmica da vida moderna. “Este perfil é predominantemente urbano, jovem e conectado à tecnologia, com um estilo de cotidiano agitado, que exige soluções que otimizem seu tempo e simplifique sua rotina”, avalia Leandro Fidelis, CEO da AMLabs Ventures.

São indivíduos que valorizam a liberdade de horários e a independência, buscando a praticidade e a agilidade em suas interações de consumo. Além da conveniência, este público demonstra uma forte valorização pela transparência, confiança e honestidade nas operações, preferindo modelos de venda que oferecem autonomia na tomada de decisão. A experiência digitalizada, a ausência de barreiras (como a necessidade de cadastro ou contratos) e o custo-benefício são fatores que combinam com suas necessidades e expectativas.

O futuro do autoatendimento no consumo urbano

A digitalização dos serviços urbanos, a integração com aplicativos, a automação total e a inteligência artificial prometem tornar o autoatendimento ainda mais acessível e sem fricção. Para 2025 e os próximos anos, espera-se a expansão de franquias e soluções escaláveis, fazendo com que o modelo se torne ainda mais disseminado, com opções para diferentes nichos e locais. 

“Haverá um maior foco em autonomia e experiências tecnológicas, onde os consumidores que valorizam a independência e a tecnologia serão cada vez mais o centro das estratégias. Por fim, prevê-se a consolidação do autoatendimento como rotina, impulsionado por mudanças de comportamento, redução de espaços e valorização da praticidade, tornando-o parte integrante do dia a dia urbano”, conclui Belarmino.

Imagem: Canva

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