O mercado de seguros brasileiro encerrou 2024 com um crescimento expressivo de 12,2%, atingindo R$ 751,3 bilhões em arrecadação, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O reflete, entre outras mudanças estruturais do setor, a capilarização promovida por redes franqueadas. Em um País de dimensões continentais, o modelo de franquias tem permitido a regionalização do atendimento, combinando eficiência operacional com proximidade e personalização.
Além do crescimento na base de clientes, o setor também tem diversificado sua oferta de produtos, incorporando serviços de valor agregado, como assistência residencial, seguros para bens móveis e soluções voltadas à mobilidade urbana. Esses fatores têm atraído tanto consumidores quanto empreendedores, que veem nas franquias uma porta de entrada promissora para o mercado financeiro.
Outro aspecto que tem impulsionado as franquias é a baixa necessidade de capital inicial, em comparação com outros modelos de negócio, aliada ao suporte operacional oferecido pelas seguradoras franqueadoras. Isso tem contribuído para a interiorização dos serviços e a inclusão de regiões historicamente com baixa penetração de seguros no Brasil.
“O modelo de franquias possibilita escalar com agilidade e levar soluções personalizadas a diferentes mercados”, afirma André Costa, CEO da Touareg. “Além disso, a integração de produtos como seguros e consórcios fortalece a relação com o cliente, oferecendo um ecossistema completo de proteção e planejamento financeiro”, complementa.
Histórico
A Touareg Seguros registrou um crescimento de 163% no volume de prêmios no início de 2024, impulsionado pela expansão de sua rede de 330 franquias que, hoje, representam 60% dos negócios da companhia, e pela diversificação do portfólio, com produtos como consórcios. A empresa planeja chegar a 400 unidades até o fim de 2025, alinhada à projeção de crescimento do setor.
Se para alguns segmentos da economia a pandemia de Covid-19 foi devastadora, para a Touareg foi a salvação. “Durante a pandemia triplicamos o nosso tamanho”, disse Costa, que tem mais de 20 anos de experiência na área de seguros. Ele explica que alguns fatores foram determinantes para a expansão, cujo franqueamento começou em 2017.
Primeiro, pelo fato de o negócio ser 100% online, o que permite ao franqueado trabalhar de qualquer lugar. Segundo, as seguradoras se modernizaram e passaram a viabilizar as propostas digitalmente, o que não acontecia antigamente, segundo ele. “E claro, com a crise, alguns empresários precisaram recorrer a outra atividade e encontraram na Touareg uma boa oportunidade de negócio, já que não necessita de uma loja física.”
Naquele período da epidemia global, o mercado de seguros no geral cresceu 11,82% em 2021 somente no Estado de São Paulo, segundo a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). O seguro de pessoas, cresceu 14,04%; patrimonial, 5,74%; e automóveis, 6,26%. Em 2022, de janeiro a abril, o mercado geral já havia crescido 12,75%,e o de pessoas, 5,88%, enquanto o patrimonial, 18,24%, e o de automóveis, 17,47%.
Setor de seguros em 2025
A CNseg acredita que o setor manterá sua trajetória de crescimento neste ano, com destaque para a digitalização de processos e automação na subscrição, seguros especializados, como proteção cibernética e para pequenas e médias empresas, e modelos híbridos de distribuição, combinando corretores tradicionais, franquias e plataformas digitais.
“O mercado de seguros está em expansão e a tendência é seguir crescendo, com mais pessoas buscando proteção e planejamento. O modelo de franquias tem papel fundamental nesse cenário, já que permite levar atendimento de qualidade e soluções personalizadas para cada região do país”, conclui o executivo.
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