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Artigo: A hora e a vez das lojas de bairro

Grandes redes, famosas pelas superlojas, estão investindo em lojas menores, convenientes e bem localizadas. No setor pet, em especial, esse formato predomina

Artigo: A hora e a vez das lojas de bairro
Flávia Denone Publicado em 31 de Março de 2024 às, 08h00. Atualizado em 31 de Março de 2024 às, 08h00.

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Você deve ter notado: o varejo de bairro, formado por estabelecimentos compactos e eficientes, está em alta. Prova disso é que grandes redes, conhecidas pelas superlojas, têm investido em formatos menores. Os exemplos não faltam: do Minuto Pão de Açúcar ao Carrefour Express, da Leroy Merlin Express à Telhanorte. E mesmo os shoppings têm repensado a necessidade de megastores.
 
Algumas empresas já surgem sintonizadas com esse fenômeno. A Oxxo, com centenas de unidades espalhadas pelo Estado de São Paulo, não quer nem saber de lojas grandes. Da mesma forma, a Petland Brasil, da qual eu sou CEO, iniciou as operações em 2014 com isso em mente. Em vez de uma infinidade de produtos, o foco está na conveniência, e, no nosso caso, também na qualidade do serviço e no atendimento personalizado. 
 
Há muitas razões para que as lojas de bairro estejam ganhando tamanho protagonismo. Destaco algumas:

•    Reurbanização das cidades: À medida que as cidades se reestruturam para se tornarem mais acessíveis e habitáveis, para facilitarem caminhos e pequenos deslocamentos, as lojas de bairro emergem como uma resposta direta a essa tendência. Esses estabelecimentos trazem produtos e serviços diretamente aos consumidores, reduzindo a preponderância de grandes centros comerciais.

•    E-commerce: Com a popularização do e-commerce, as lojas físicas não precisam mais ser tão grandes. As operações físicas, hoje, exercem outras funções, servindo como um hub logístico – como mini centros de distribuição ou pontos de coleta para consumidores – ou como um hub de serviço, com oferta de assistência técnica ou banho & tosa para pets.

•    Alto custo de implantação e manutenção: O custo médio de implantação de uma loja aumentou muito nos últimos anos. Como o varejo depende de eficiência operacional, essa conta começa a pesar nos demonstrativos de resultados de grandes varejistas, que consequentemente optam pelo crescimento através de outros formatos e canais.

O mercado pet, em especial, possui ainda algumas particularidades. Se por um lado, ele tem crescido a uma velocidade impressionante - em dez anos, o faturamento quase triplicou, segundo estimativas do Instituto Pet Brasil (IPB) -, por outro, ele ainda é dominado por microempreendedores. Para completar, de acordo com o Radar Pet 2023, há mais de 37 milhões de domicílios com pet no Brasil, uma capilaridade que causa espanto e que eleva as oportunidades.
 
É de olho nesses dados que a Petland nasceu e se consolidou. Temos como missão organizar e qualificar os pequenos empreendedores do setor, que, ao adotarem a nossa bandeira, ganham soluções de tecnologia, gestão e inteligência, bem como linhas de produtos exclusivos. Com a estratégia centrada em atrair clientes através de serviços, que respondem por 34% da nossa receita, e operando sob o modelo de franquia, hoje podemos dizer que somos líderes no segmento quando o assunto são lojas de bairro.
 
Superlojas, abram caminho que as lojas de bairro querem passar! 

*Por Rodrigo Albuquerque, CEO da Petland Brasil. 

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