O Brasil é um dos países que mais têm academias, alternando com os Estados Unidos, há pelo menos duas décadas. São 57 mil academias cadastradas no País, e a previsão é que haja um aumento de 9% até o final de 2025, segundo os conselhos regional e federal de Educação Física (Cref/Confef). Nos últimos dez anos, o crescimento foi de 195%.
Longe de estar saturado, o mercado fitness brasileiro acena sempre para novos negócios. Mas, em um segmento de alta competitividade, avança mais quem é rápido no gatilho ao mostrar potencial de crescimento ao mercado investidor e a novos parceiros.
Criada em 2018, na cidade de Mauá, região metropolitana de São Paulo, a rede de academias Evoque vem ganhando destaque. Em oito anos, passando por uma pandemia global, o grupo já acumulou 43 unidades em todo País.
Expansão pelo franchising
Em fevereiro desse ano, a rede aderiu ao sistema de franquias para expandir. A previsão para este primeiro ano e de inaugurar, pelo menos, 10 novas unidades.
“Uma delas já foi inaugurada e outras quatro serão abertas em breve, mostrando que nossa marca, gestão e modelo de negócios conseguem se destacar no mercado, trazendo confiança ao investidor e a proprietários que desejam mudar a bandeira do empreendimento”, conta Rodrigo Hasi, sócio e CEO da Evoque.
Diferenciais
A rede aposta em modelo único de negócios chamado híbrido (low price full service), que oferece mensalidade em conta para o bolso do consumidor e um vasto cardápio de modalidades, algumas delas, exclusivas. O sistema de franquias adotado tem a taxa de adesão mais econômica do mercado fitness do País: R$ 90 mil.
Com capital de giro de cerca de R$ 150 mil e de instalação de até R$ 700 mil e expectativa de retorno entre 18 e 24 meses. O faturamento mensal ficaria entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Para empreendedores que atuam no ramo, mas com unidade própria ou outra bandeira, o valor de instalação cai para R$ 400 mil para fazer ajustes na mudança de marca e retrofit.
“Nossa proposta, em diferentes frentes de negócios, é, sem dúvida, um dos nossos alicerces de crescimento. Não é sem motivo que faturamos 90 milhões de reais em 2024”, completa Hasi.
A Evoque oferece um modelo testado e aprovado para os investidores, com capacitação e treinamento. São mais de 60 mil alunos matriculados, segundo a rede, nas unidades com equipamentos modernos, ampla área de exercícios cardiorrespiratórios, spinning e mais de 200 aulas em grupo.
Mercado fitness
De acordo com os resultados da pesquisa Panorama Setorial Fitness Brasil 2024, levantamento conduzido pela Fitness Brasil em parceria com a EY e a Armatore Market + Science, o setor de academias e centros de treinamento no País registrou um crescimento expressivo nos últimos dez anos. O número de estabelecimentos voltados a atividades físicas praticamente triplicou nesse período, passando de 19.226 unidades em 2014 para impressionantes 56.883 em 2024. Esse salto revela não apenas a expansão do mercado, mas também uma mudança significativa no estilo de vida da população brasileira.
O estudo também evidencia que essa evolução acompanha de perto a transformação do comportamento do consumidor nacional, que hoje demonstra maior atenção às práticas de bem-estar, saúde preventiva e à adoção de uma rotina ativa. Quando se trata da escolha de modalidades, a musculação permanece como a atividade favorita para 24% da população que realiza exercícios físicos, seguida de corrida e caminhada, que atraem 19% das pessoas. O levantamento ainda aponta que a academia continua sendo o espaço preferencial para treinar: 30% dos entrevistados afirmaram frequentar esses ambientes como principal local de prática.
No que diz respeito à distribuição geográfica, o estado de São Paulo desponta como líder absoluto no ranking nacional de unidades, concentrando 13.372 academias. Embora a capital paulista sozinha reúna quase 4 mil estabelecimentos, a densidade calculada é de 3,1 unidades para cada 10 mil habitantes, índice a coloca atrás de municípios como Jundiaí (6,8 unidades por 10 mil habitantes), Porto Alegre (5,1) e Natal (4,1). Esses números indicam que, apesar de a capital já contar com uma grande quantidade de academias, o potencial de crescimento para investidores permanece elevado, especialmente em cidades onde a demanda por espaços de treinamento é proporcionalmente maior.
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