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O varejo de experiências como forma de entretenimento em parques de diversões

Em artigo, Rodger Augusto, CEO da Coney Island Park, fala sobre a reinvenção dos parques de diversão. Confira!

O varejo de experiências como forma de entretenimento em parques de diversões
Flávia Denone Publicado em 26 de Março de 2024 às, 08h00. Atualizado em 26 de Março de 2024 às, 08h00.

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No cenário atual, em que a busca por experiências memoráveis tem se tornado uma demanda cada vez mais presente entre os consumidores, o universo dos parques de diversões também está se reinventando. Não se trata apenas de oferecer momentos de entretenimento e diversão, mas sim de criar uma atmosfera na qual cada visita se transforme em uma jornada inesquecível.

Testemunho de perto essa transformação e a crescente tendência de integrar o entretenimento ao varejo de experiências, que pode ser definido como um conjunto de iniciativas inovadoras e essenciais dentro do processo de desenvolvimento de uma marca ou produto.

O varejo de experiência (experiential retail) é uma perspectiva que parte da premissa de que o cliente requer espaços que ofereçam não apenas produtos, mas imersões. Estamos diante de um consumidor que não mais se contenta com o mero comprar.

Hoje em dia, os parques de diversões não estão mais limitados a proporcionar apenas momentos de adrenalina e diversão. Eles evoluíram para se tornar centros de experiências, onde cada atração é cuidadosamente planejada para cativar e envolver os visitantes. A ideia é ir além do convencional, oferecendo uma imersão completa em um mundo de sensações e emoções.

Assim como as lojas-conceito no varejo, que buscam criar ambientes únicos e marcantes para os clientes, os parques de diversões estão investindo cada vez mais em experiências sensoriais, temáticas e interativas. Outro aspecto fundamental dessa transformação é a preocupação com a inclusão e a diversidade. Alguns parques de diversões estão se mobilizando e proporcionando experiências para pessoas com necessidades especiais, como atrações 100% inclusivas, garantindo que todos, independentemente de suas limitações físicas ou cognitivas, possam desfrutar plenamente das atrações.

O envolvimento com questões sociais e ambientais também integra este pacote. Nos dias atuais, as empresas são cobradas não só pelo que produzem ou vendem, mas por seus posicionamentos em temas que transcendem a atuação empresarial. Trata-se de uma abordagem por vezes delicada, mas irrenunciável.

Parcerias também são formas de experiências que turbinam a percepção de mercado. Chamadas de cobranding, ainda têm a vantagem de permitir a troca de experiências entre os próprios staffs das empresas envolvidas. O objetivo final é garantir que todos os visitantes sintam-se bem-vindos e tenham a oportunidade de se divertir e criar memórias junto com seus amigos e familiares. Isso colabora para o fortalecimento da marca.

Uma marca forte é aquela que consegue proporcionar um efeito marcante no cliente, gerando uma lembrança única e duradoura. O marketing sensorial é uma das alternativas para proporcionar uma lembrança no consumidor, não escolhendo um produto baseado apenas no seu valor funcional, mas sim no que ele representa e pelos valores expressos por ele ou pela marca.

Quando falamos em parques de diversões, temos que pensar além de uma simples diversão em uma montanha-russa. A busca por novas formas de integrar o entretenimento ao varejo de experiências não vai parar por aqui. Os parques seguirão evoluindo e sendo pontos de encontro para os visitantes se conectarem e criarem memórias que durarão para sempre.
 
 
*Por Rodger Augusto, que é membro da diretoria executiva da Associação Brasileira de Parques (Adibra) e CEO da Coney Island Park. 

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