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Editora SBS inicia venda de franquias e planeja exportar conhecimento

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O empresário José Vicente, presidente da Special Books Service — SBS Brasil, editora especializada em livros para ensino de idiomas, acha no mínimo inquietante uma situação comum no Brasil: cidades médias com 100 mil ou 500 mil habitantes que não têm sequer uma livraria. Vicente não sabe os dados exatos, mas no mercado editorial, calcula-se que pelo menos 700 cidades não possuem uma livraria, sendo que muitas também não contam com biblioteca. E para o empresário, este cenário não combina com o as metas agressivas de desenvolvimento do país.

De olho no potencial de mercado, a SBS lançou na semana passada, na 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, seu plano de crescer com franquias. “Recebemos solicitações de livreiros interessados em abrir uma franquia desde os anos 1990. Mas resisti à ideia. Tínhamos de testar antes”, explica. O teste foi feito com a simulação do negócio de franquia com livrarias próprias da SBS. “Foi uma ótima experiência. O problema é que agora os funcionários que foram escolhidos para gerirem as franquias testes querem abrir seu negócio. Estou negociando para não perder pessoal”, conta o empresário.

A meta da empresa é abrir 200 unidades até o final de 2013. Trata-se de um negócio que tem investimento inicial de R$ 139 mil para lojas com estoque entre 5 mil e 6 mil obras, além de estrutura multicanal para que os clientes também possam comprar no site da companhia e baixar os e-books. A internacionalização do negócio de franquias virá a seguir, com abertura de unidades na Argentina e Peru, onde a SBS já atua.

As franquias devem ajudar a alavancar os negócios a partir de 2013. Para este ano, a empresa prevê faturar, só no Brasil, R$ 155 milhões, um aumento de 8% em relação a 2011. Vicente afirma que não tem como objetivo competir com grandes livrarias como Saraiva, Cultura ou Livraria da Vila. “O plano é chegar ao pequeno livreiro, que atende o interior o país, em locais onde estas livrarias não conseguem chegar”, diz. “Veja Petrolina (PE), uma cidade com 300 mil habitantes que não tem nenhuma livraria. E não está sozinha nessa estatística. Tem muita cidade de São Paulo na mesma situação.” A SBS mapeou 100 cidades com potencial para receber lojas.

E o modelo criado para franquias, ou conversão de marca de livrarias já em funcionamento, visa se adaptar a demandas locais. Vicente admite que não é fácil manter uma pequena livraria no país. “No passado, as pequenas livrarias representavam 40%do mercado. Hoje, caiu para 20%. E o varejista que conseguir margens de 8% sobre as vendas já pode considerar um ótimo resultado”, afirma

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