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Por que investir em quiosques populares ou premium

Modelo de negócio versátil entrega conveniência e experiência

Por que investir em quiosques populares ou premium
Redação Publicado em 06 de Agosto de 2025 às, 12h40.

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Expostos como ilhas em meio aos movimentados corredores dos shoppings center, os quiosques têm alto potencial de atração junto aos consumidores e baixo investimento para quem deseja empreender. O modelo é parecido com o de uma loja, a operação é mais simples, mas é preciso ter disponibilidade de tempo para atuar na operação, uma das exigências de algumas franqueadoras para esse tipo de negócio, e capital para, por exemplo, alugar espaços para armazenar mercadoria, quando necessário.

Um dos modelos mais antigos de quiosque são as unidades de sorvetes do McDonald's, que há muitas décadas entendeu a demanda pela sobremesa e criou uma unidade independente da lanchonete. Hoje, os quiosques atendem às mais diversas categorias, como a venda de celulares, bijuterias, chopps, cafés, roupas, chocolates, pão de queijo, chinelos, perfumes, e mais, além de ganhar espaço entre marcas premium. Sua versatilidade atrai investidores tanto para negócios com mais apelo popular quanto para unidades de alto padrão.

"Um quiosque não é um ponto de apoio. É um modelo de negócios completo. Com projeto bem executado, ele se transforma em um ativo de alta conversão e reconhecimento de marca”, afirma Rafa Borges, arquiteto e fundador da Facstore, indústria especializada na fabricação e montagem de quiosques, e do Estúdio Rafa Borges, onde desenha as soluções para marcas se desenvolverem nesse segmento.

Para o arquiteto, o modelo não é somente uma saída funcional da empresa para vender e expandir, é uma estratégia de negócio desenvolvida em um formato versátil, inteligente e altamente rentável quando a iniciativa é bem planejada.

De acordo com o Censo Brasileiro de Shopping Centers (2024/2025) divulgado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o número de quiosques em operação nos shoppings center brasileiros chegou a 16.025 unidades em 2024, representando um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. 

Vantagens do quiosque

O aumento dos quiosques nesses centros de compra, reflete a versatilidade do formato, que vem sendo cada vez mais adotado pelos empreendimentos como estratégia para otimizar áreas comuns, ampliar o mix de serviços e oferecer ao consumidor uma experiência marcada por praticidade, inovação e conveniência, segundo a Abrasce.

O modelo surgiu quando os shoppings perceberam que os seus corredores poderiam ser aproveitados com minilojas. E são muitas as vantagens dessa operação, segundo a Agência Sebrae.

  • Mais público: a localização em corredores estimula a aproximação do consumidor, que não precisa entrar na loja para ver o produto e pode comprar por impulso; 
  • Menor investimento: por ter uma estrutura mais enxuta, tem baixo custo de implantação.  O aluguel também é mais barato; 
  • Menos funcionários: mesmo exigindo menos funcionários para o trabalho diário, este modelo requer que os colaboradores tenham facilidade para captar clientes; 
  • Proximidade: a franquia de quiosque também permite um contato mais próximo do cliente, criando oportunidade de captar consumidores abertos a novas experiências; 
  • Exposição: as franqueadoras recebem orientação especial para a formatação das prateleiras do quiosque e o franqueado deve se preparar para fazer a troca do estoque com mais frequência, para garantir que os produtos populares estejam sempre visíveis.

Neander Souza, consultor especializado em estratégia de franchising, chama atenção para o posicionamento das unidades. “A estratégia da localização dependerá de cada tipo de negócio e dos hábitos do consumidor. Nem todos os quiosques performam bem porque alguns são colocados em locais escondidos, então, é preciso ter cuidado com a localização”, pontua Souza.

Operação de marcas premium

Apesar de as marcas premium serem, geralmente, lembradas como lojas-conceito e flagships exuberantes, no Brasil e no exterior, muitas delas aderiram ao formato de quiosque para entregar conveniência sem perder a essência.

De acordo com Rafa Borges, os quiosques de alto padrão estão em ascensão como modelo estratégico de expansão, visibilidade e lucratividade. Marcas como Dengo, Incomum (foto), Caterina Milano, Save My Bag, Estilé, Isabela Akkari e Stefan Behar, entre outras, já aderiram a esse modelo.

Quiosque Incomum, projeto de Rafa Borges

Para esse mercado, especialmente, o shopping é o primeiro cliente e também a vitrine da operação, pois é o empreendimento que aprova o projeto, valida o visual e oferece o ponto. "Se o seu quiosque não emociona o mall, dificilmente ele terá espaço”, afirma o especialista. 

Além disso, os shoppings de luxo, como JK Iguatemi, Morumbi e Cidade Jardim, todos em São Paulo, passaram a adotar um novo critério: valorizam não apenas o nome da marca, mas a estética e a experiência oferecida no ponto. Em outras palavras, quiosques mal projetados não têm mais espaço nos corredores premium.

Opções vão além dos shoppings

A busca por conveniência e praticidade têm atraído modelos enxutos e práticos para condomínios empresarias, hipermercados e galerias comerciais. Nesse sentido, o quiosque também é uma opção que atende bem a esse público. 

Uma marca que está com a expansão aberta para todo o Brasil, com lojas e quiosques, é a Bomdiqueijo, uma “pão de queijaria” carioca que está fazendo sucesso com seus pães de queijo super recheados, que podem ser consumidos como lanches rápidos ou refeições completas, além de opções doces, sem glúten, bebidas e café.

A franquia de lanches, que teve a primeira loja inaugurada em 2021, fatura mais de R$ 800 mil por ano e tem retorno médio do investimento em menos de 12 meses. “O Brasil é enorme, mas uma coisa é certa: todo mundo adora pão de queijo! Lojas e quiosques cabem bem em diversas localidades, mas precisamos ter um grande fluxo de pessoas”, diz Andreia Freitas, franqueadora e fundadora da marca. Em um quiosque Bomdiqueijo, investem-se a partir de R$ 220 mil.

Um dos quiosques de bijuterias da Lebriju ocupa o corredor principal do Shopping Bourbon, em Perdizes, na região oeste da capital paulista. A localização é de grande movimento e fluxo de pessoas. A franqueada, Sueidh Valdívia, que adquiriu a operação há quase dois anos, é dedicada: sua equipe está sempre bem treinada.“A unidade franqueada performa muito bem, estamos muito bem posicionados. A escolha por um quiosque, neste shopping, foi certeira”, diz Shirleine Diniz, executiva de Expansão da Lebriju.

Quiosque da Lebriju no Shopping Bourbon

Escolher entre uma loja ou um quiosque nem sempre é fácil. Na Lebriju, o franqueado conta com a expertise da franqueadora, que está no mercado há 10 anos e opera lojas e quiosques próprios, em diferentes shoppings.

“Cada localidade tem um perfil de cliente, um valor de aluguel, um local disponível, uma previsão de faturamento – e tudo isso influencia na decisão. Nem sempre existe a situação ideal, porque o próprio shopping determina se podemos colocar uma loja ou um quiosque e analisamos a viabilidade do empreendimento”, pondera Shirleine.

Imagens: Divulgação

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