O mercado brasileiro de franquias acaba de ganhar um novo competidor de peso. A Asics, multinacional japonesa reconhecida pela venda de produtos esportivos de alta performance, entrou oficialmente no franchising no Brasil com a inauguração da primeira loja em Curitiba, no Paraná. Estão previstas a inauguração de dez unidades apenas em 2025.
O movimento de expansão é estratégico e marca a transição para um modelo de crescimento estruturado, replicável e com foco regional, pois sinaliza a força do País como polo prioritário da operação latino-americana.
"Queremos proporcionar uma experiência imersiva da marca em diferentes cidades e regiões, oferecendo produtos inovadores e suporte técnico de alto nível para corredores e esportistas de todas as modalidades”, destaca Alexandre Fiorati, presidente da Asics América Latina.
Embora o modelo de franquias já seja adotado pela Asics em países como Japão, Coreia do Sul, Argentina e Peru, o Brasil passa a ocupar um lugar central no plano de expansão da marca na América do Sul. De acordo com Helio Pereira, vice-presidente regional de Vendas da Asics para a América Latina, a escolha se dá por um cenário legalmente bem estruturado e economicamente promissor.
“O foco atual da marca na América do Sul está concentrado especialmente na operação brasileira, vista como prioritária para os próximos anos”, comenta o executivo.
Do multimarcas ao controle da jornada de consumo
A decisão de adotar o franchising representa uma evolução natural da marca no Brasil. A empresa possui presença relevante por meio de canais multimarcas, mas quer ir além. O objetivo é fortalecer a capilaridade, ampliar o contato direto com os consumidores e garantir uma experiência completa com o universo da Asics.
A meta agora é ocupar cidades com alto potencial de consumo, mas ainda pouco exploradas pela multinacional, especialmente fora do eixo Rio–São Paulo. Capitais do Sul, Centro-Oeste e Nordeste, bem como municípios com PIB expressivo e ausência de operação própria, estão no radar.
“A definição é feita a partir de estudos de mercado conduzidos com consultoria especializada, considerando PIB local, potencial de consumo e cobertura do canal multimarcas”, explica Pereira. O executivo afirma que todas as capitais do País, com exceção de São Paulo e Rio de Janeiro, são mercados possíveis para a expansão da Asics.
Lojas premium, hubs de experiência e comunidade
As unidades franqueadas da Asics estão sendo planejadas preferencialmente para shopping centers com perfil premium, com foco em segurança operacional e alto fluxo de consumidores. Mas o diferencial não está apenas na localização.
Cada loja será um ponto de conexão entre o consumidor e a cultura da corrida, com atendimento técnico especializado, ambientação diferenciada e serviços que vão além da venda de produtos — como testes de pisada (Foot ID), consultoria especializada para encontrar o tênis ideal, integração omnichannel com o e-commerce da marca e prateleira infinita.
Também contarão com portfólio variado, com produtos de performance, focados em running e para a prática de tênis. A linha de Sportstyle, modelos casuais da marca, estará disponível.
Além disso, as lojas físicas vão operar como hubs locais para a comunidade esportiva, com ativações junto a assessorias, eventos e encontros de corredores. Os clientes também terão acesso ao programa de fidelidade One Asics, o qual inclui benefícios como cashback, experiências exclusivas e acesso antecipado a lançamentos.
Perfil do franqueado
Segundo a marca, o franqueado ideal é alguém com perfil empreendedor e experiência em varejo, mas que também compreenda a importância da venda assistida e valorize a entrega técnica e emocional da marca.
Ter afinidade com esporte, especialmente corrida, é visto como um diferencial estratégico para garantir a imersão do consumidor no universo Asics.
Também de acordo com a companhia, o Brasil é um dos mercados mais promissores para o setor esportivo, com um público cada vez mais interessado em qualidade e tecnologia para a prática de atividades físicas.
DNA global com alma local
Apesar de seguir um modelo globalmente padronizado, a operação brasileira contará com adaptações que refletem o comportamento do consumidor local e as particularidades do varejo nacional. O suporte ao franqueado contempla desde treinamentos e marketing até a gestão do negócio e o acesso a um portfólio versátil que mescla esportes e moda.
“Nosso modelo combina a força de uma marca global com suporte especializado ao franqueado. As lojas são espaços de experiência premium, com ambientação diferenciada e atendimento técnico especializado”, detalha Pereira.
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