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Grupo Petrópolis e Amaro endividadas. Empresas buscam a justiça para manter suas atividades

Com dívidas milionárias, indústria cervejeira e varejista de moda responsabilizam Selic e inflação pelos prejuízos

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Depois do escândalo envolvendo a Lojas Americanas, outros grandes nomes do mundo dos negócios expuseram suas crises financeiras. Na segunda-feira (27), o Grupo Petrópolis — detentor das marcas Itaipava, Crystal, Petra, dentre outras — entrou com pedido de recuperação judicial na justiça do Rio de Janeiro

A indústria informou sofrer os reflexos da alta da taxa básica de Juros (Selic), que atualmente está em 13,75% e reportou dívida de R$ 4,4 bilhões. A empresa informou que desse montante, R$ 2 bilhões referem-se a obrigações financeiras e de mercado de capitais, outros R$ 2,2 bilhões são débitos com fornecedores. O restante não foi informado pela indústria. Atualmente, o polo fabril do Grupo Petrópolis, composto por 8 fábricas, opera com 40% de sua capacidade.   

A empresa informou em nota oficial que o pedido foi feito para impedir uma situação ainda pior a companhia. “O ajuizamento da recuperação judicial pelo Grupo Petrópolis atende de forma ordenada aos interesses dos seus colaboradores e parceiros comerciais, porque tem como objetivo a reestruturação dos passivos da empresa, em especial os financeiros, com o redimensionamento de obrigações nos termos de plano de recuperação a ser apresentado pelo Grupo Petrópolis e deliberado pelos seus credores. Além disso, durante a recuperação judicial, a administração do Grupo Petrópolis permanecerá na condução de suas atividades de forma regular, provendo o conhecimento técnico necessário para implementação da reestruturação pretendida.”

Já entre terça e quarta-feira, dias 28 e 29, foi a vez da varejista de moda Amaro comunicar ao mercado recuperação extrajudicial solicitado na 3ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, devido o alto endividamento da companhia. Para Amaro, a alta da inflação comprometeu suas operações, sendo 20 lojas e um e-commerce. A empresa chegou a procurar por investidores para reverter o quadro — a varejista reportou dívida de R$ 244,5 milhões, sendo R$ 151,8 milhões são dívidas bancárias e R$ 92,8 milhões débitos com fornecedores.

Por intermédio de comunicado oficial, a Amaro informou que o pedido de recuperação extrajudicial foi a solução encontrada pela varejista para tentar minimizar ações de despejo, constrição de patrimônio e evitar riscos as atividades empresariais da marca. “A empresa reafirma ainda seu compromisso de continuar entregando um excelente nível de serviço pelo qual é reconhecida e mantém seu posicionamento como ecossistema de lifestyle no mercado premium, focado em moda, beleza e casa”, completou o comunicado da Amaro.

Fonte

Redação Sua Franquia

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