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Quais as diferenças entre Marca Pessoal, Marketing Pessoal e Personal Branding?

Os conceitos são similares, mas não são sinônimos; conheça as particularidades de cada um deles na coluna desse mês de agosto de Dimitri Vieira

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Desde que alguns conceitos como Marca Pessoal, Marketing Pessoal e Personal Branding se popularizaram, existe bastante confusão sobre o que significa cada um deles: se são a mesma coisa, ou não e, principalmente, como se relacionam na prática. Então, já fica um spoiler: apesar da similaridade entre os nomes, não são sinônimos.

Antes de falarmos sobre o que é uma Marca Pessoal, vale esclarecermos o que não é Marca Pessoal:

•    Autopromoção exagerada: há quem acredite que basta pegar um megafone, gritar para os quatro cantos da internet e do mundo o quanto você é bom, e voilà, temos uma Marca Pessoal forte e consolidada. Independentemente dos resultados e do quanto você é bom de serviço, essa é apenas uma maneira simples de mostrar que seu único interesse é falar de si próprio.
•    Falar apenas de trabalho: em vez de se vangloriar explicitamente, aqui, você mostra seu trabalho e deixa que as pessoas tirem suas próprias conclusões. Funciona melhor, mas sua Marca Pessoal vai muito além de postar sobre o que você faz no trabalho.
•    Postar conteúdo na internet: também vai muito mais longe de criar uma publicação e apertar o botão “compartilhar” numa rede social. Claro que postar conteúdo é fundamental, mas, se não existem fundamentos, objetivos e estratégias, suas publicações podem ser apenas tiros no escuro.
•    Ter uma logo para sua marca: outra confusão é a ideia de que ter uma logo seria sinônimo de Marca Pessoal. Apesar de ser um belo passo na construção de uma marca, pela associação visual que ganhamos com o símbolo, também não é garantia de nada.

Agora sim, estamos prontos para falar sobre o primeiro dos três conceitos que trouxe no primeiro parágrafo.

O que é Marketing Pessoal?

Para essa definição, gosto de dar dois passos atrás e começar por Market, mercado em inglês.
Com um “ing”, transformamos a expressão em verbo e temos Marketing — que gosto de encarar como um conjunto de ações e ferramentas para inserir uma marca (ou pessoa, no caso de Marketing Pessoal) no mercado.
E quando falo em “inserir no mercado”, digo isso num sentido bem próximo de colocar-se numa prateleira, para oferecer serviços e permitir que as pessoas construam uma percepção a partir do que veem.
É justamente nesse ponto que entra o segundo conceito.

O que é Marca Pessoal?

Quando falei que postar conteúdo sem fundamentos e objetivos pode ser um tiro no escuro, isso tem tudo a ver com a Marca Pessoal.

Porque a marca é basicamente um sistema de crenças, valores e símbolos que representam uma pessoa (ou empresa), seu trabalho e seus serviços. A logo entraria como um dos símbolos e falar do seu trabalho seria apenas uma finalidade.
Postar conteúdo é apenas um meio, que entraria em Marketing, e, se você me perguntar, não daria um lugar para a autopromoção exagerada.

Onde entra o Personal Branding?

No fim das contas, é como se o Marketing Pessoal fosse o “como”; a Marca Pessoal seria o “que” somado ao “por que”; e o Personal Branding entra como a gestão entre os dois. É quando você entende que existe uma marca associada a você e se posiciona de forma estratégica e intencional, para consolidar sua marca por meio do marketing.

Para fechar, como construir a sua marca pessoal do zero? Preciso adiantar que essa é uma pergunta capciosa.

Não se constrói uma Marca Pessoal do zero, mas se escava. E isso é uma excelente notícia porque significa que sua marca já existe. Resta apenas entendê-la, identificá-la e trazê-la à tona da melhor forma possível em seu posicionamento.
Quando você tem clareza das suas crenças e valores, e entende quais símbolos incorporar na sua comunicação, fica muito mais fácil que as pessoas te encontrem na prateleira com a percepção ideal.

Isso não significa agradar a todos que passarão por ali, mas atrair pessoas alinhadas com o que você acredita. Até porque, no fim das contas, o trabalho que não merece críticas também não merece ser aclamado.
E o papel do Marketing, ao espalhar ideias, não deve ser convencer ou ludibriar pessoas a consumir seu produto. Mas sim, encontrar as pessoas que precisam dele.

 

Dimitri Vieira

*Dimitri Vieira é Cofundador da Gombo, agência brasileira especializada em influência, engajamento e projetos especiais exclusivos para o LinkedIn. O empresário é Engenheiro Eletricista pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Universidade de Brighton (Reino Unido). É ex-Rock Content, onde atuou como especialista de marketing e professor, e também é escritor, mentor e criador de conteúdo. A partir de agora, Dimitri Vieira passa assinar coluna mensal no Sua Franquia em que falará sobre construção de marca. 

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