Início / Notícias / Alimentação e Food Service / Juistreet: Ideia escrita em um guardanapo na Austrália criou rede de R$ 65 milhões

Juistreet: Ideia escrita em um guardanapo na Austrália criou rede de R$ 65 milhões

Insights inusitados de quem criou um negócio e escalou com o franchising

Juistreet: Ideia escrita em um guardanapo na Austrália criou rede de R$ 65 milhões
Redação Publicado em 24 de Dezembro de 2025 às, 08h00. Atualizado em 24 de Dezembro de 2025 às, 08h00.

Compartilhe:   

A história da Juistreet, a primeira franquia de juice bar do Brasil, especializada em healthy fast-food, é um reflexo de como a paixão e a visão empreendedora podem transformar um mercado e espalhar uma cultura. O que começou como uma ideia despretensiosa, desenhada em um guardanapo na Austrália, se tornou um negócio que avança no País por meio do franchising e que encerra o ano de 2025 com faturamento de R$ 65 milhões.

A semente desse negócio foi plantada em 2013 por Thiago Weizenmann, que retornou a Balneário Camboriú, em Santa Catarina, após uma década imerso no lifestyle saudável da Austrália. Foi lá, trabalhando como segurança, que ele teve a ideia de criar uma casa de sucos, anotando cálculos de faturamento e custos em guardanapos. Em algum deles, um copinho, desenhado em 2010, guardado em uma caixa debaixo da cama, se tornaria a identidade visual da rede anos depois.

Para entender melhor a operação, Weizenmann se trabalhou de graça em coffee shops e casas de suco na Austrália, focando em um retorno.

Já no Brasil, a história da marca começou a ganhar forma com o apoio de seu pai, que é artista. Questionado sobre o nome do empreendimento, o pai, ao ver o filho fazendo um suco sem água e sem açúcar, exclamou: “o suco que é um espetáculo”, frase que se tornou o slogan da marca, e a sugestão do nome, Juistreet, unia "juice" (suco) e "street" (rua).

Entrada no franchising com o apoio dos sócios

A explosão do negócio e a alta demanda por franquias fizeram Weizenmann perceber que ele estava no ramo de vender loja, não vender suco. Com pedidos incessantes de como comprar uma unidade, ele chegou a criar a “lenda” do dono, apresentando-se de forma bem-humorada como “James” para despistar os interessados.

Em um momento de dúvida sobre expandir o negócio,Weizenmann convidou os irmãos Sharles e Higor Nezello para serem seus sócios. A união com os irmãos, que tinham experiência em gestão e fizeram o faturamento aumentar com pequenos ajustes, e a entrada de Renato Muniz como CEO, especialista em franchising, com 16 anos de trajetória, consolidaram um modelo de negócio escalável.

Projeção de liderança 

Desde que adotou o modelo de franquias em 2024, a Juistreet cresceu rapidamente:

  • Comercializou 28 unidades no primeiro ano como franqueadora. A meta é abrir 300 novas unidades nos próximos três anos e expandir a presença para 11 estados brasileiros.
  • Além dos R$ 65 milhões em 2025, a marca mira R$ 212 milhões para 2027, com o objetivo de ultrapassar R$ 480 milhões até 2030.
  • Investimento inicial a partir de R$ 200 mil, com payback estimado em até 24 meses.

O sucesso da rede é impulsionado pelo setor de foodservice saudável, que cresceu 16% em 2024. O modelo de franquias da Juistreet atrai investidores ao oferecer produtos de alta performance, como sucos e smoothies sem adição de água ou açúcar, em ambientes com estética cosmopolita. A conexão com um lifestyle jovem e saudável se reforça por meio de parcerias estratégicas com marcas como Red Bull, GoPro e Caffeine Army.

Para Weizenmann, a trajetória da Juistreet é inseparável de sua própria jornada de persistência e amadurecimento. Ele enfatiza que a raiz da empresa foi forjada no esforço e na crença inabalável no negócio.

“Eu prefiro ter errado lá no começo e ter feito a loja toda ‘na mão’, porque isso criou uma raiz muito forte na empresa. Juistreet não é como os outros: essa energia enraizada ali do início, de ter feito a loja com a família, eu creio que no fundo, é o que nos permite colher esses frutos hoje. É o nosso DNA”, conclui.

Imagem: João Neto

PUBLICIDADE

Tem interesse no mercado de franquias?