Na Arcos Dorados, felicidade é estratégia de crescimento

Na Arcos Dorados, felicidade e resultados não são conceitos opostos. São, como afirma Dorival Oliveira, vice-presidente da companhia, “mutuamente dependentes”. A Arcos Dorados, dona da operação do McDonald’s na América Latina, tem como propósito “fazer de cada dia uma oportunidade para alimentar pessoas e construir sonhos”.

Mais do que abrir portas para o mercado de trabalho, a empresa fomenta o protagonismo da juventude em um ambiente “diverso, respeitoso e inclusivo, que estimula o desenvolvimento de cada pessoa colaboradora”. “Apostamos que ser um bom empregador é mais do que oferecer uma vaga de emprego. É oferecer oportunidades e fomentar um ambiente onde as pessoas possam ser quem são, onde elas possam se desenvolver e construir sonhos”, prossegue o executivo.

Segundo Oliveira, essa cultura interna se estende também à relação com o cliente. A jornada de consumo é cada vez mais personalizada, criando conexões que se transformam em lealdade e resultados. “Quando colocamos as pessoas – tanto nossos colaboradores quanto nossos consumidores – no centro, os resultados de crescimento sustentável vêm naturalmente”, destaca.

Palestrante confirmado no BConnected 2025, principal evento de gestão de redes de negócios, varejo e franchising da América Latina, Dorival Oliveira, VP da Arcos Dorados, apresentará o painel “A ciência da felicidade e do resultado”. O portal Sua Franquia é media partner do evento e publica uma série de reportagens com líderes do mercado presentes na edição deste ano. O tema escolhido para 2025 – O código do crescimento – provoca os convidados a refletir sobre estratégias para escalar os negócios em um ambiente cada vez mais complexo e hiperconectado.

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Bem-estar como pilar da performance organizacional

Para o vice-presidente da Arcos Dorados, o bem-estar das equipes é um dos elementos-chave do “código do crescimento”. Em um cenário de alta complexidade, ele acredita que nutrir as pessoas é o caminho para gerar performance e resultados duradouros. “Não é um diferencial, mas, sim, um pilar fundamental para a alta performance organizacional”, defende.

Na sua visão, a conexão entre bem-estar e crescimento se reflete em três frentes: produtividade e qualidade, criatividade e inovação e retenção de talentos. “O bem-estar não é um custo, mas um investimento estratégico”, afirma. A aplicação desse conceito gera um ciclo virtuoso na companhia, também de acordo com o executivo. “Equipes com bem-estar geram melhor performance que, por sua vez, gera crescimento sustentável e, em última análise, o sucesso de toda a organização”, pondera.

E os resultados podem ser avaliados, por isso mesmo a felicidade é considerada uma ciência passível de avaliação. A empresa realiza pesquisas com o time interno e que comprovam o impacto do bem-estar sobre a produtividade e o engajamento. Os últimos dados mostram que 88% dos colaboradores reconhecem que a Arcos Dorados prioriza a segurança e o bem-estar dos seus colaboradores, enquanto 89% percebem que seu local de trabalho oferece um ambiente seguro, respeitoso e que lhe permite ser ele próprio. Entre os entrevistados da equipe, 94% avaliam que são tratados com respeito, sem importar a sua identidade de gênero, condição médica, idade, orientação sexual, deficiência ou qualquer outra característica.

Esses números, segundo o executivo, mostram que o bem-estar é um fator estratégico de crescimento na Arcos Dorados, não um luxo corporativo. “Somos uma empresa feita de pessoas, para pessoas. E, por isso, construir um ambiente seguro, respeitoso, diverso e inclusivo é uma prioridade inegociável.” “A ciência da felicidade não é um luxo, mas uma necessidade para qualquer organização complexa que busca crescimento sustentável”, destaca Oliveira.

ESG e os desafios da nova era

Mas existem outros desafios. O ambiente complexo para os negócios inclui mão de obra, tecnologia, automação, competitividade, receitas, experiência e, sem dúvidas, ESG. Na lista de prioridades da companhia norte-americana, transparência e exigência ocupam o topo. Tanto que a Arcos Dorados criou a Receita do Futuro, uma estratégia pela qual a empresa integra propósito, experiência e resultados. Desafios socioambientais são transformados em oportunidades de impacto positivo e, consequentemente, em resultados de negócio.

O vice-presidente explica que a Receita do Futuro garante o valor gerado para a sociedade e para o meio ambiente, por meio das boas práticas, também se reflete no negócio, alinhando o que é feito (experiência) com o porquê é feito (propósito) para alcançar o sucesso (resultado). A Arcos Dorados compreende que o lucro de uma empresa está ligado à sua responsabilidade social e ambiental, por isso, alinhou seus esforços aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como demonstração de um propósito global e mensurável. “O propósito da Receita do Futuro só é real se for vivenciado em cada ponto de contato, tanto para quem trabalha quanto para quem consome”, pontua.

Para Oliveira, a consistência é o que constrói confiança. “Ao sermos transparentes sobre a origem dos nossos ingredientes e nossas práticas ambientais, a Receita do Futuro garante que a experiência de consumo seja consistente com a promessa da marca”, conta.

Conselho aos líderes

Para Dorival Oliveira, o desafio dos executivos está em equilibrar crescimento acelerado e gestão humana. Seu conselho é direto: autenticidade. “Em um cenário de hiperconectividade e transparência, a gestão humana e a sustentabilidade não podem ser apenas iniciativas de marketing. Elas precisam ser parte do DNA do negócio.”

Ele defende que o foco nas pessoas é o caminho para a sustentabilidade. “Coloque as pessoas no centro, de verdade. Entenda que as pessoas são o seu principal ativo e o motor do crescimento sustentável. Treine seus líderes para serem empáticos, não apenas eficientes”, sugere. “O crescimento mais robusto e duradouro é construído sobre uma base sólida de valores e práticas que colocam as pessoas e o planeta em primeiro lugar”, conclui.