Com a retomada do trabalho presencial em diversos setores e a rotina cada vez mais corrida, os consumidores brasileiros têm deixado de lado o fogão para priorizar a conveniência na hora de se alimentar. Esse novo comportamento impulsionou um formato de negócio que cresce silenciosamente — e de forma acelerada — nos centros urbanos: as dark kitchens, também conhecidas como cozinhas fantasmas.
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Segundo levantamento da Coherent Market Insights, o modelo deve movimentar globalmente cerca de US$ 157,2 bilhões até 2030. No Brasil, a tendência acompanha o ritmo da transformação digital e a popularização do delivery. Marmitas simples e fitness, entregues diretamente na casa ou no trabalho dos consumidores, torna-se a solução ideal para quem busca praticidade sem abdicar da qualidade.
Um estudo do Food Compass apontou que 48% das pessoas consomem marmitas no ambiente de trabalho, sendo que 17% delas preferem comprar refeições prontas — um dado que reforça o apelo do modelo. Até 2029, o mercado global de entrega de comida online espera atingir 2,5 bilhões de usuários. Logo, operações que atuem nesse mercado estão com potencial de crescimento exponencial.
As dark kitchens, por exemplo, se mostram promissoras, pois oferecem uma estrutura enxuta, com foco total no atendimento via aplicativos de entrega, eliminando a necessidade de um salão para clientes. Essa configuração reduz custos operacionais e aumenta a margem de lucro. Grandes redes e pequenos empreendedores estão apostando nesse formato não apenas como alternativa, mas como estratégia principal de operação.
O franchising também já se rendeu à tendência. Apenas no primeiro semestre de 2024, o setor de franquias faturou R$ 121,7 bilhões, com alta de 15,8%. No estado do Rio de Janeiro, o crescimento foi de 13,2%, somando R$ 11,7 bilhões — números que mostram o potencial das dark kitchens dentro do modelo de franquias.
Mais do que um fenômeno passageiro, as cozinhas fantasmas mostram-se como resposta eficaz a uma nova lógica de consumo. A busca por alimentos saudáveis, rápidos e acessíveis está definindo os rumos do food service no Brasil e no mundo. E, nesse cenário, quem entender o comportamento do consumidor sairá na frente — mesmo que seja por detrás das portas de uma cozinha invisível.
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