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Pizza Hut busca investidor para crescer

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Dois fundos de private equity, um nacional e um estrangeiro, uma companhia de logística e um grupo imobiliário estão no páreo para investir na Pizza Hut em São Paulo. Os nomes ainda são mantidos em segredo por Jorge Aguirre, diretor da Internacional Restaurantes do Brasil (IRB), controladora da marca de pizzarias na capital e entorno, mas ele afirma que a negociação é cautelosa. ""Temos quatro possíveis parceiros e a parceria pode ser fechada ainda neste primeiro semestre, mas não temos pressa"", resume o diretor. Com 16 restaurantes e faturamento de R$ 40 milhões em 2006, a operação da Pizza Hut comandada pela IRB é a maior do País.

O negócio vem sendo aperfeiçoado desde 1999, quando Aguirre assumiu o comando da operação, e a busca por um novo sócio começou no ano passado. Para traçar as metas de expansão, a empresa fez um estudo de geomarketing no mercado paulistano, que inclui a densidade demográfica de certas regiões, poder aquisitivo, tráfego, barreiras geográficas e concorrentes. ""Isso nos permite estabelecer um plano bem concreto de crescimento"", afirma Aguirre. O levantamento aponta também a origem e o destino do público que transita nos pontos determinados, o que ajuda a definir, por exemplo, em qual unidades haverá maior demanda pelo serviço de delivery. ""Vimos que alguns restaurantes poderiam estar mais bem localizados e temos a dimensão de quanto podemos crescer. São 24 novas regiões para nosso negócio, com segurança de retorno."" O mapeamento corresponde, diretamente, a 24 novos restaurantes, mostrando um potencial de 40 unidades para a marca Pizza Hut na região da Grande São Paulo.

O prazo desse crescimento, entretanto, depende do fluxo de recursos disponível para a rede. ""É uma empresa auto-suficiente em caixa e que pode ter um ritmo maior de crescimento do que o fluxo interno permite, graças ao potencial de expansão. Temos uma operação totalmente formal, auditada pela KPMG, e uma marca com força mundial"", destaca Aguirre sobre os motivos que atrairiam fundos com apetite voraz de investimento à uma operação de pequeno porte. ""Não é um tiro no escuro."" A participação acionária desse investidor ainda não foi definida - depende do parceiro e do tipo de participação que fará na empresa, conta o executivo. ""Não há um preço de venda, é tudo negociável"", diz. O aporte necessário a ser feito pelo novo investidor não é muito volumoso, o que facilita as negociações. ""Como a empresa tem fluxo de caixa positivo, precisamos de um complemento de US$ 4 milhões para chegar a 40 restaurantes"", conta.

O principal formato de atuação da rede são os restaurantes, que exigem investimento da ordem de R$ 1,1 milhão. Este é o foco para os próximo anos - das 24 unidades, 21 serão nesse formato. O outro modelo, o express, implantado em praças de alimentação de shoppings, o orçamento é de R$ 800 milhões. Subfranquear não está nos planos da IRB, já que o expertise da companhia é operar. ""Com um investidor, ainda há a possibilidade de extensão da operação, consolidando com outras franquias ou negociando com outros master-franqueados do País, que queiram repassar o negócio."" Enquanto o investidor não vem, a operação da Pizza Hut controlada pela IRB segue em crescimento cauteloso.

No ano passado, apenas uma nova unidade foi inaugurada e para este ano a controladora prospecta um terreno no bairro Morumbi. Rede de cafeteria Outra novidade da companhia é que, dependendo das intenções do novo parceiro, a negociação pode incluir o mais recente negócio da IRB: a rede de cafeteria In Bocca Al Luppo. Expressão italiana que significa ""boa sorte"", a rede foi inaugurada em setembro e tem funcionamento independente da Pizza Hut. São três unidades em São Paulo, na Rua Amauri, Rua dos Pinheiros e Aeroporto de Cumbica, endereços que também contam com a marca de pizzaria. ""Foram coincidências de pontos interessantes, mas a cafeteria não tem nada a ver com o restaurante"", afirma Aguirre. O público-alvo, entretanto, é o mesmo, daí a localização também em pontos de grande fluxo de pessoas de classe A e B. O café a R$ 2,50 não é disparidade deste segmento, dentro da realidade de mercado, e é da marca nacional Café do Centro. ""É também um mercado bem concorrido. Tem muito franco-atirador no mercado de food service, e especialmente de cafeterias"".

O investimento é bem menor que o de um restaurante, entre R$ 250 mil e R$ 300 mil, e a capilaridade é bem maior. Como alguns fornecedores da cafeteria e da pizzaria coincidem - caso de bebidas, sobremesas e alguns ingredientes salgados - é possível negociar os custos em conjunto, caso o novo sócio queira participar também deste negócio. ""Quando a operação estiver totalmente ajustada, e se não tiver um novo sócio, a intenção é inseri-la no modelo de franchise"", diz Aguirre. Ele aponta que, em franquias, pode trabalhar ainda com a possibilidade de conversão - quem já possui um ponto ou um estabelecimento pode adaptá-lo ao formato da In Bocca Al Luppo. Uma das apostas para criar diferencial no segmento é o cardápio. Além das opções de lanches, a rede traz novidades como as sodas italianas, de maçã verde, amora, tangerina ou limão siciliano. (Maria Luíza Filgueiras - Gazeta Mercantil)

 

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