Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a PiniOn, identificou que quase metade dos entrevistados — 46,7% dos brasileiros pretendem comprar presentes no Dia das Mães. Em contrapartida, 32% afirmam não ter intenção de comprar e 21,3% ainda estão indecisos.
O levantamento, realizado com 1.631 entrevistados, também mostra um comportamento mais cauteloso no consumo: embora 39,7% dos consumidores planejem gastar mais do que em 2024, 34,2% pretendem reduzir os gastos neste ano. A grande maioria, ou seja, 77,6% pretende gastar entre R$ 50 a R$ 600 em presentes.
A pesquisa identificou que o consumidor quer evitar dividas de longo prazo com as compras de Dia das Mães, escolhendo pagar à vista, principalmente via dinheiro, débito e PIX. O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, avalia que o comportamento reflete um cenário de maior restrição financeira. “A intenção de compra cresceu moderadamente, mas ainda está atrelada a um contexto de juros elevados, inflação persistente em itens básicos e endividamento das famílias. Isso se reflete na busca por itens mais acessíveis e no abandono crescente das compras parceladas”, explica.
Beleza e vestuário lideram intenções; móveis e eletros recuam
A categoria de vestuário segue como uma das preferidas, com 52,9% das menções, embora ainda distante do patamar pré-pandemia (80%). Já produtos de beleza, joias e bijuterias somam 58,2% das intenções, consolidando-se como alternativas populares.
Em contrapartida, móveis, eletrodomésticos e eletrônicos recuaram para 38,4%, abaixo dos 45,1% registrados em 2024, o que pode estar relacionado à alta dos juros e à menor disposição para assumir financiamentos.
Itens tradicionais como chocolates (15,5%) e flores também aparecem entre os preferidos, totalizando 27,5% das escolhas combinadas.
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