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Tecnologia & UX - Como unificar e obter ótimos resultados

Em artigo, especialista listou algumas açóes que podem colaborar com

Tecnologia & UX - Como unificar e obter ótimos resultados
Caua Santos Publicado em 23 de Abril de 2023 às, 08h00. Atualizado em 11 de Julho de 2023 às, 09h56.

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Desde 2021, o Google prioriza o UX (User Experience) e a cada ano essa temática é mais explorada pelo mercado, principalmente, com as novas tecnologias. Pensando nisso, resolvi elaborar algumas sugestões práticas, de como conseguir fazer as áreas de Criação e Tecnologia trabalharem em total sinergia para atingir resultados ainda melhores.

Sabemos que não é tarefa muito simples unir áreas antagônicas, áreas que são completamente distintas, com perfis completamente diferentes. Por isso, minha ideia é oferecer um norte para que você tenha mais facilidade quando iniciar o processo na sua empresa, reduzindo os atritos e a falha de comunicação.

É muito normal, em agências de publicidade ou agências digitais, o setor de tecnologia não participar do processo criativo de um produto, website ou de um aplicativo. Em alguns casos, é possível ainda que a equipe de tecnologia participe apenas no “final” do projeto. Eles recebem prontos os layouts vindos da área de criação e a partir daí passam a desenvolver os códigos para transformar aquela ideia em algo realmente palpável no mundo real. E é aí que mora o perigo!

 
Mudando realidades 

Se estamos falando de uma experiência completa, onde eu tenho um time de UX trabalhando especificamente na jornada do usuário, pensando em como ele irá se sentir quando navegar no meu site, aplicativo ou na minha loja, é imperativo a participação do time de tecnologia desde o processo criativo. 

É essencial que o time de tecnologia opine nos requisitos básicos do sistema para que, quando for para o desenvolvimento, não haja nenhuma surpresa desagradável ou tenhamos que explicar ao cliente que determinada funcionalidade não pôde ser executada por falta de compatibilidade tecnológica. Isso ocorre todos os dias e provavelmente está acontecendo enquanto você ler este artigo.

Um exemplo que eu costumo dar ao time de tecnologia dentro das minhas empresas é para que eles se coloquem na posição do usuário que irá utilizar aquele serviço. Para que ele consiga vivenciar a experiência do usuário antes de sugerir algo ou quando vai desenvolver a funcionalidade.

Muitas vezes os membros do time estão pensando apenas em tarefas, entregas, timesheet e pouco pensam na entrega que o usuário final irá receber. Não entendem que lá na ponta, se o usuário não aprovar ou se não atender à regra de negócio estabelecida, o trabalho pode voltar e então começam as desculpas do tipo: "mas o Gerente de Projetos pediu assim". Entenda: você não faz nada para o GP (ou qualquer outro nome que você queira dar) e sim para algum usuário.

A falta de conhecimento sobre negócios (área de negócios especificamente) do time tecnológico pode ser um grande causador desse problema e é nele que devemos focar primeiro. Você precisa passar o conhecimento de negócios ao time, mostrar a importância do todo, como o processo é interligado e como as áreas estabelecem essa comunicação, muitas vezes invisível para alguns, mas extremamente importante para a empresa e o cliente que está atendendo.

Você está oferecendo uma equipe para soluções tecnológicas e ela não deve ser a principal causadora dos problemas, por isso, fale sobre negócios com seu time. Ensine, faça webinários, reuniões, palestras, invista em cursos. Mas FAÇA.
Envolva o time completo, desde a primeira reunião para que você tenha time de projetos, design, UX, tecnologia e negócios, tirando dúvidas, sugerindo opções e traçando planos. Os planos são importantes, mas também é essencial entender que em um projeto digital, nunca irá existir um projeto pronto, um escopo fechado, que nada irá mudar até o final do desenvolvimento. Balela! Prepare-se para as mudanças no meio do caminho, oriente o time para que tenha planos de contingência, para que tenham foco na entrega junto com o cliente.

Com isso em mente, quando um desenvolvedor vai de fato criar uma funcionalidade, seja ela de um formulário ou de um carrinho de compras, vai entender alguns pontos muito importantes sobre aquele determinado processo porque ele participou desde o princípio. A empatia também entra aí, pois ele se sentirá parte importante da criação do projeto. Dessa forma, a ideia é que fique muito mais fácil resolver conflitos durante o andamento do projeto.

Outra dica muito importante: sempre validar a regra de negócio com o cliente constantemente. Em algumas empresas, é comum ser fechado um escopo de projeto e nunca mais falar com cliente até a entrega. O que ocorre é que o cliente acaba mudando de expectativa no meio do caminho, não nos avisa, nós também não passamos um feedback adequado para o cliente sobre o andamento do projeto e, é nesse momento que acaba acontecendo os ruídos sobre o que está sendo entregue e do que foi projetado.

A esse respeito, quando falo sobre liderança, eu uso a figura do Michael Jordan como referência, comento sobre a importância de um time que joga junto. Jordan se tornou um dos maiores atletas do planeta quando resolveu entender que não se faz nada sozinho. Quando ele decidiu jogar em equipe, suas habilidades individuais acabaram se destacando ainda mais. Destacando a importância de um time coeso e bem distribuído.

A regra também serve aqui, se você quer fazer um negócio campeão, um produto campeão ou um serviço que seja de excelência, é importante que o time todo compre a ideia e saiba qual seu papel na composição do todo. Agora voltando ao Google Page Experience, aonde ele vai levar experiência do usuário como critério de avaliação para ranquear as páginas nos resultados de pesquisa orgânico, se faz cada vez mais importante os desenvolvedores estarem diretamente ligados ao time de User Experience e criação desde a concepção do projeto. 

Os critérios que o Google levará em consideração afetam diretamente o trabalho e a entrega do time de tecnologia, portanto é muito importante essa integração.

*Eduardo Augusto - CEO da IDK, primeira comtech do Brasil. 

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