O mercado imobiliário está bastante favorável em virtude de diversos fatores macroeconômicos que tornaram mais atrativas as aplicações em imóveis: juros baixos, o que desestimulou a corrida por aplicações de renda fixa; bolsa de valores instável; e mercados mundiais em baixa.
Por conta disso, empreendedores em geral e donos de imobiliárias estão buscando maneiras de expandir seus negócios, aproveitando o bom momento do setor. Nesse sentido, franquias imobiliárias têm sido bastante procuradas pelas vantagens que oferecem aos investidores. Um outro modelo de negócio, o de licenciamento de marca, também vem sendo oferecido aos empreendedores, porém, oferece maior risco. Julgamos oportuno esclarecer as diferenças entre cada um dos modelos.
Pelo sistema de franchising, o empresário tem direito ao uso de marca, conhecimento e assistência para produção e oferta de serviços padronizados. No licenciamento, o empreendedor também tem direito ao uso da marca mediante o pagamento de uma remuneração prevista em contrato. Mas a principal diferença entre os modelos de negócio está no suporte que o empreendedor receberá após a compra.
No franchising imobiliário, o empreendedor adquire um sistema completo de negócio que inclui transferência do know-how da marca, treinamentos e formação (na nossa rede, uma “universidade corporativa”), consultoria de campo, sistema de gestão de negócios compartilhados, auxílio no recrutamento e seleção de corretores, manuais de política e procedimentos operacionais, plano de reconhecimento e padrão de qualidade de operações. Este conjunto de serviços oferece maior segurança na operação aos franqueados.
No licenciamento, é oferecido ao empresário apenas um treinamento para abrir o negócio, mas após esse processo inicial ele não terá o suporte da marca para a administração do negócio.
Os modelos possuem algumas outras características similares e que podem confundir o investidor no momento da escolha: tanto no franchising quanto no licenciamento o empreendedor precisa seguir normas e padrões estabelecidos pela empresa, afinal, o nome da marca deve ser zelado nas duas vertentes. No entanto, o franchising implica em investimento na padronização, mas em troca oferece a transferência de tecnologia aos empreendedores. No sistema de licenciamento de marca esse investimento não é necessário. Contudo, o empresário não tem acesso ao conhecimento da marca para operação e gestão do negócio.
Como estudioso e apaixonado pelo Varejo e Distribuição, posso afirmar que a maioria dos empreendedores brasileiros requer a transferência de know-how e acompanhamento do modelo de negócio para o desenvolvimento sustentável de suas empresas. Sendo assim, consideramos a estrutura do franchising a melhor opção e que de fato diminui os riscos ao investidor.