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Da tela à sala de aula: o novo ciclo da educação brasileira

Após a fase de ensino remoto e híbrido, agora, é o momento de retornar à sala de aula

Da tela à sala de aula: o novo ciclo da educação brasileira
Carol Paiffer Publicado em 21 de Novembro de 2025 às, 08h00. Atualizado em 21 de Novembro de 2025 às, 08h00.

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A educação brasileira vive uma fase de transformação profunda. Depois de anos de predominância do ensino remoto e híbrido, impulsionados pela pandemia, o País assiste a um movimento de retorno à sala de aula. Mas esse retorno não é apenas físico, ele representa uma redescoberta do valor da convivência, da prática e da experiência compartilhada no processo de aprendizagem.

Segundo o Diagnóstico Setorial de Educação 2025, da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a proporção de alunos em aulas presenciais cresceu de 50% para 56% entre 2023 e 2024, enquanto o ensino híbrido caiu de 21% para 16%. Esses números apontam para um novo equilíbrio entre tecnologia e interação humana: o digital segue essencial, mas o contato direto entre aluno e professor volta a ocupar o centro da aprendizagem.

Esse movimento coincide com uma necessidade urgente do mercado de trabalho brasileiro. De acordo com estudos do Senai e de institutos setoriais, o País precisará qualificar cerca de 14 milhões de profissionais até 2027 apenas para atender às demandas da indústria. Setores como logística e transporte, construção civil, manutenção e reparação, saúde e tecnologia da informação enfrentam carência crescente de mão de obra especializada. Só na área de TI, o déficit pode chegar a mais de 500 mil profissionais até 2029.

Esses dados mostram que o desafio da educação hoje vai além de ensinar. Trata-se de formar pessoas prontas para agir, resolver e inovar. Jovens que buscam o primeiro emprego e adultos em requalificação não procuram apenas certificados; querem capacitação prática, imediata e aplicável, que os torne competitivos em um mercado cada vez mais exigente.

É nesse contexto que a educação profissionalizante ganha protagonismo. Instituições como o Cebrac (Centro Brasileiro de Cursos) têm desempenhado papel essencial nesse novo ciclo. Com três décadas de atuação e presença em 20 estados, a rede oferece cursos voltados para o desenvolvimento profissional e Administrativo & Financeiro, Atendente de Farmácia, Cuidador, Inglês, Informática, Logística, Manutenção de Computadores e Celulares, Mecânica Industrial, Profissional de Beleza e Bem-estar e Vendas.

A metodologia da instituição equilibra inovação tecnológica e prática presencial, estimulando o protagonismo do aluno e o aprendizado interdisciplinar. O foco é formar profissionais empreendedores, preparados para se adaptar e gerar soluções reais em alinhamento direto com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as novas competências exigidas pelo mundo do trabalho.

O avanço do ensino digital, é verdade, deixou legados valiosos: maior acesso, personalização e dinamismo nas metodologias. Mas o fortalecimento recente das aulas presenciais revela algo mais profundo, graças à  necessidade de pertencimento, de troca e de vivência coletiva. A sala de aula se reafirma como espaço de formação integral, onde se aprende tanto o conteúdo técnico quanto valores como colaboração, empatia e responsabilidade.

As pesquisas também mostram que o retorno ao presencial está relacionado à maior permanência e engajamento dos alunos. O aprendizado se torna mais efetivo quando há vínculos reais e experiências compartilhadas. Nesse sentido, o papel das instituições de ensino é criar ambientes que integrem o melhor dos dois mundos: a eficiência da tecnologia e o poder transformador do contato humano.

O futuro da educação brasileira, portanto, não está em escolher entre o digital e o presencial, mas em conectar ambos em uma experiência significativa e inclusiva. E, dentro dessa visão, a educação profissional tem um papel estratégico: o de preparar pessoas não só para conseguir um emprego, mas para construir carreiras, inovar e contribuir para o desenvolvimento do País.

A missão do Cebrac está alinhada a esse propósito: formar profissionais competentes, conscientes e socialmente responsáveis, capazes de ocupar as posições que hoje ainda estão vagas e de impulsionar o crescimento econômico e humano do Brasil. Esse é o novo ciclo da educação: mais tecnológico, mais humano e, acima de tudo, conectado com o futuro que queremos construir.

Carol Paiffer* é sócia da Atom S/A e do Cebrac

*O artigo publicado não reflete, necessariamente, a visão o Portal Sua Franquia, sendo, as opiniões expressas, de responsabilidade da autora
Imagem: Canva

 

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