Poucas peças na moda conseguem atravessar gerações e manter relevância como o jeans. Presente desde meados do século XIX, quando Levi Strauss criou as primeiras calças resistentes para trabalhadores nos Estados Unidos, o tecido se reinventou inúmeras vezes e permanece, até hoje, um dos maiores símbolos de versatilidade. Dos movimentos de contracultura dos anos 1960 e 1970, passando pelo glamour das passarelas dos anos 1990, até chegar ao streetwear contemporâneo, o jeans segue como um elemento indispensável do guarda-roupa global.
Em setembro de 2025, o tecido volta a ganhar protagonismo nas vitrines, não como novidade, mas como confirmação de sua força atemporal. Marcas globais, como American Eagle e GAP, têm investido pesado em campanhas que reforçam sua versatilidade, posicionando-o como peça-chave para consumidores que buscam praticidade e estilo.
Esse movimento impacta não só o varejo, mas também o setor de formação profissional. Na Sigbol, percebemos o aumento da procura por cursos de modelagem, corte e costura voltados para o jeanswear, refletindo a necessidade crescente de mão de obra qualificada para atender a uma indústria em constante evolução.
Do ponto de vista criativo, a variedade de silhuetas chama atenção: do slim atualizado ao baggy relaxado, acompanhados por lavagens artesanais, efeitos de lavanderia sustentável e acabamentos manuais que valorizam o trabalho detalhado. Para que uma peça seja competitiva no mercado, o domínio de técnicas específicas é indispensável — desde reforços de costura e rebites até a escolha correta de aviamentos.
Outro fator decisivo é a sustentabilidade. O consumidor atual exige processos produtivos menos agressivos ao meio ambiente, além de maior durabilidade das peças. Tecnologias de lavanderia ecológica, uso racional de água e fibras recicladas são cada vez mais valorizadas, reposicionando o jeans como produto que alia tradição, inovação e responsabilidade socioambiental.
O momento, portanto, é de consolidação. Mais do que tendência passageira, o jeans reafirma seu papel como peça criativa, sustentável e economicamente estratégica para a indústria da moda. Para marcas, empreendedores e profissionais, trata-se de uma oportunidade única de unir história, inovação e propósito em um mercado que continua a girar em torno de um clássico atemporal.
Aluizio de Freitas* é diretor da Sigbol
*O artigo publicado não reflete, necessariamente, a visão o Portal Sua Franquia, sendo, as opiniões expressas, de responsabilidade do autor
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