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Como as lojas podem competir em um mundo de velocidade?

Veja o artigo de Vanessa Sandrini, CEO da VaS Soluções Estratégicas, com mais informações da NRF 2025!

Como as lojas podem competir em um mundo de velocidade?
Flávia Denone Publicado em 28 de Janeiro de 2025 às, 08h00. Atualizado em 28 de Janeiro de 2025 às, 08h00.

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NRF 2025 | Transformação do Varejo

A NRF 2025 trouxe uma das discussões mais pertinentes para o varejo atual: como as lojas físicas podem competir em um cenário onde a velocidade e conveniência do digital dominam? A apresentação revelou insights sobre as barreiras enfrentadas pelo varejo físico e apontou caminhos estratégicos para redefinir a experiência do consumidor.

*A Inimiga Mortal das Lojas: o Tempo*

De acordo com um estudo apresentado, 68% dos consumidores preferem fazer compras online, com 79% afirmando que as lojas demandam muito tempo e esforço. Este dado destaca um desafio estrutural: como oferecer agilidade e conveniência sem perder o valor único da experiência física?

Insights Fundamentais

A palestra propôs que competir diretamente com a rapidez do e-commerce não é a solução ideal. Em vez disso, as lojas devem se diferenciar oferecendo uma experiência de maior qualidade, personalização e interação humana. Como afirmou Thomas Mann, vencedor do Nobel de Literatura em 1929, "uma grande verdade é aquela cujo oposto também é verdade". 

Isso reflete a dualidade do varejo moderno: enquanto a velocidade é a proposta central do digital, as lojas podem prosperar focando em imersão, atendimento especializado e valores intangíveis.

O Movimento "Slow Retail"

Inspirado no movimento "Slow Food", o conceito de "Slow Retail" foi apresentado como uma resposta ao ritmo frenético do varejo online. Ele enfatiza qualidade em vez de quantidade, com foco em:
- Produtos únicos e de alta qualidade.
- Design que enriquece a experiência sensorial.
- Relacionamentos genuínos entre clientes e colaboradores.
- Integração de serviços diferenciados, como personalização e checkout mobile.

Cases de Sucesso no Varejo Global

Foram apresentados exemplos de marcas que já adotaram esse modelo, incluindo:

- *True Food Kitchen*, que aplica os princípios do "Slow Food" ao varejo alimentar.
- *Nike House of Innovation*, que combina tecnologia, personalização e storytelling.
- *Crate & Barrel em Nova York*, que reinventa o design como um diferencial estratégico.

O Papel do Design e da Personalização

Outro ponto de destaque foi a importância do design das lojas em criar um "teatro de experiência". Os consumidores não buscam apenas produtos, mas ambientes que reflitam seus valores e estilos de vida. A integração entre o espaço físico e o digital foi apontada como uma das maiores oportunidades para o varejo do futuro.

A palestra de Lee Peterson, sempre a mais concorrida…  finalizou com um desafio: como o varejo pode se tornar um polo de qualidade, criatividade e conexão em um mundo cada vez mais digital? A resposta não está na velocidade, mas sim na construção de experiências memoráveis e significativas.

 

Por Vanessa Sandrini, fundadora e CEO da VaS Soluções Estratégicas. 

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