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Como o autoatendimento está resolvendo o maior gargalo operacional das franquias

Setor de foodservice sofre com a falta de mão de obra qualificada e alta rotatividade

Como o autoatendimento está resolvendo o maior gargalo operacional das franquias
Isaac Paes Publicado em 09 de Novembro de 2025 às, 08h00. Atualizado em 09 de Novembro de 2025 às, 08h00.

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As franquias no Brasil vivem um momento próspero, porém desafiador. De um lado, os consumidores continuam apostando na alimentação fora de casa. Segundo o estudo Brand Footprint Brasil Out of Home QSR 2025, cerca de 62% dos brasileiros consumiram fast-food pelo menos uma vez ao longo de 2024.

No entanto, nos bastidores, o setor enfrenta uma instabilidade preocupante. Juntamente com o aumento do consumo, a rotatividade de funcionários também cresce, atingindo 74,3% em 2024, conforme levantamento da Associação Nacional de Restaurantes. Índice que reflete em perda de produtividade, aumento de custos e queda na qualidade do atendimento, exigindo atenção redobrada dos empresários do setor.

Para se ter ideia, o Brasil conta com cerca de 700 mil estabelecimentos ativos, que movimentam R$200 bilhões por ano e geram mais de 1,5 milhão de empregos diretos. São números expressivos e que escancaram os problemas gerados pela  falta de qualificação da mão de obra no setor. Apesar dos números expressivos, o setor sofre com a falta de mão de obra qualificada e com a alta rotatividade, fatores que impactam diretamente a qualidade do atendimento e a padronização das operações.

É justamente nesse ponto que o autoatendimento surge como resposta prática ao maior gargalo operacional das franquias. Enquanto o consumo avança, as redes lutam para reduzir filas, padronizar processos e garantir que o cliente viva a mesma experiência em qualquer unidade. O que antes se resolvia com mais contratações, hoje, exige inteligência operacional e o autoatendimento se consolida como o próximo passo natural de evolução do setor.

Os estados com menores taxas de desemprego são, curiosamente, os que enfrentam maiores índices de rotatividade no ramo de alimentação. Em Santa Catarina, por exemplo, o desemprego ficou em 3,2% em 2024, mas a rotatividade chegou a 95%. Já em Pernambuco, onde o desemprego é de 11,5%, a rotatividade é bem menor, cerca de 52%.

Essa relação inversa explica por que o autoatendimento é estratégico nas regiões mais aquecidas economicamente. Quando a concorrência por mão de obra é intensa, a tecnologia garante continuidade e estabilidade. O sistema não pede demissão, não tira férias e não esquece o treinamento, ele é o alicerce que mantém a operação de pé enquanto o time humano se renova.

Empresas como a Goomer têm liderado essa transformação no foodservice brasileiro. O objetivo é simples, mas poderoso: tornar os restaurantes negócios infalíveis, eliminando gargalos operacionais e ampliando a rentabilidade sem abrir mão da hospitalidade. Redes que adotaram soluções de autoatendimento relatam ganhos concretos:

  • Aumento de até 40% no ticket médio;
  • Redução de 30% na necessidade de equipe de salão;
  • Pedidos mais rápidos e precisos, com feedback em tempo real;
  • Economia significativa em custos operacionais.

O autoatendimento como evolução, não substituição

Não se trata de desvalorizar o trabalho humano. Ao contrário, quando bem aplicada, a tecnologia preserva o que há de mais humano no serviço: o cuidado, a atenção e a experiência. Ao automatizar processos repetitivos, o autoatendimento devolve à equipe o tempo necessário para se dedicar ao cliente.

Além disso, sistemas integrados ao PDV e à cozinha permitem monitorar métricas em tempo real, tempo médio de atendimento, produtos mais vendidos, ticket médio, e tomar decisões com base em dados concretos.

O futuro das franquias é híbrido e inteligente

Para o franqueador, o autoatendimento representa mais do que modernização: é uma estratégia de sobrevivência em um mercado competitivo, volátil e exigente.

As redes que compreenderem isso primeiro estarão mais preparadas para crescer com consistência, independentemente da rotatividade ou da escassez de mão de obra.

  • O cliente quer rapidez e autonomia.
  • O franqueado busca previsibilidade e controle 

O autoatendimento une esses dois mundos, garantindo eficiência operacional sem perder o toque humano que faz toda a diferença na experiência do consumidor.

Isaac Paes* é CMO da Goomer

Imagem: Freepick

*O artigo publicado não reflete, necessariamente, a visão do Portal Sua Franquia, sendo de expressa responsabilidade do autor.

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