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Artigo: Plano de negócios — a bússola do empreendedorismo

Sem ele, o empreendedor é como um navio perdido no meio de um gigantesco oceano.

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A bússola é um antigo instrumento de localização que serve como guia, uma orientação para saber como chegar no seu objetivo sem se perder no caminho. No mundo do empreendedorismo, saber qual o caminho seguir é o segredo para sucesso. Assim como na época das grandes navegações, sem uma bússola você pode ir para qualquer lugar, e nem sempre o destino é aquele desejado. Por isso, todo empreendedor precisa ter a sua bússola.

Mas, qual é a bússola do empreendedorismo?

É o plano de negócios. Sem ele, o empreendedor é como um navio perdido no meio de um gigantesco oceano. E por incrível que pareça, muitos empreendedores abrem uma empresa sem antes fazer uma pesquisa básica sobre o segmento em que querem atuar, sem fazerem análises nem cálculos e sem montarem um planejamento.

Quem abre um negócio apenas porque tem vontade de abrir, sinto dizer, não vai dar certo. Se desse, não teria tantas empresas que vão à falência em menos de 5 anos. Para evitar que isso aconteça, o primeiro passo é sempre fazer o plano de negócios.

O plano de negócios é um documento que vai validar a sua ideia no mercado. Ele vai detalhar o que fazer e em qual direção seguir, como também quais serão os meios necessários para que você possa atingir os resultados desejados. esse material é dividido em três partes principais: a pesquisa de mercado, a viabilidade financeira da sua ideia e as competências necessárias que você precisa ter, ou seu sócio, ou seus funcionários para fazer a empresa funcionar de forma eficiente.

A pesquisa de mercado vai ajudar você a entender melhor o tamanho do seu segmento, suas necessidades atuais e como você pode se conectar melhor com seu público e fazer melhor do que os seus concorrentes. Também ajuda a definir se é viável o produto ou serviço que você quer vender, entendendo melhor o seu mercado e a sua posição dentro dele. A análise do setor, que é uma das etapas da pesquisa de mercado, vai permitir observar o comportamento e as tendências do nicho de mercado em que você pretende atuar.

Afinal, não é nada inteligente você depositar esforços em um novo empreendimento sem ter domínio do mercado que você vai se aventurar, não é mesmo? Avaliar o segmento a fundo vai permitir que a sua empresa tenha respaldo para encarar os desafios e se posicionar de forma estratégica com a concorrência.

E aqui vai uma dica importante: se você já atuou no segmento que quer atuar hoje, como empresário ou como funcionário, não pense que por isso você já sabe tudo. Não sabe! Visite o maior número de empresas, converse com outros empresários, construa networking, troque ideias, confira as diferentes percepções sobre o mercado, sobre as dificuldades.

Se você não é do ramo, o ponto positivo é que você não tem vícios e sabe que tem de aprender muito ainda. Então, o caminho é pesquisar, interagir com pessoas do meio e questionar até entender o melhor possível como se ganha dinheiro com esse negócio que você quer abrir.

Outro ponto fundamental é a análise do seu público-alvo. Quem realmente vai comprar de você? Falar em mercado é muito amplo. Então por isso separamos ele em “fatias”, segmentamos, para facilitar a identificação do possível público-alvo. Assim, você evita “dar um tiro de canhão para acertar uma mosca”. E claro, vai se conectar melhor com o seu público, ele vai se sentir representado pelo seu negócio, vai se identificar com ele, e a comunicação será muito mais eficiente.

A segunda parte de um plano de negócios é a análise da sua viabilidade financeira. Ela deve ser feita antes mesmo de você abrir suas portas, para ter certeza de quanto vai gastar de investimento inicial, quanto será necessário de dinheiro para manter a sua empresa funcionando, por quanto vai vender o seu produto ou serviço e, ainda, se vai precisar de investimento. Essa anélise é composta de cinco pontos fundamentais:


Todos os gastos que você vai ter. Isso inclui o investimento inicial a ser feito, os custos fixos e variáveis, e o capital de giro.
O preço de venda do seu produto ou serviço, para definir um valor que não traga prejuízos e nem que seja fora da realidade dos clientes.
O ponto de equilíbrio do seu negócio e a margem de contribuição.
O fluxo de caixa, a projeção de receita, demonstrativo de resultados e apuração de resultados.
O retorno do investimento, incluindo o cálculo do Valor Presente Líquido e o Prazo de Retorno de Investimento.

Então, tudo aquilo que você decidir antes de abrir as portas do seu negócio, vai impactar diretamente no seu volume de vendas, no volume de gastos, no preço e na lucratividade da empresa e na rentabilidade do seu investimento.

No plano de negócios, você não faz apenas uma avaliação da sua ideia, é necessa´rio também se autoavaliar com empreendedor. Por isso uma terceira etapa fundamental no plano de negócios é avaliar quais competências empreendedoras você já possui e quais ainda não, assim como a dos seus potenciais sócios e investidores do projeto.

Percebe o poder que uma ideia estruturada tem? E para onde ela pode te levar?

Faça a sua própria bússola!

Concluindo, é o plano de negócios que vai comprovar se a sua ideia é boa, se é uma oportunidade de negócio real, se você já tem as competências necessárias para empreender ou o que ainda precisa ser feito. É este documento que coloca você no tempo certo e que te ensina a fazer perguntas fundamentais para caminhar rumo ao destino desejado.

Existe uma diferença muito grande entre ter a vontade de abrir um negócio e realmente ter uma oportunidade de negócio em mãos. Não adianta você querer abrir um restaurante vegetariano porque você acha que hoje as pessoas estão comendo de forma mais saudável. Antes, você tem que saber se existirá clientes que vão consumir a sua ideia, se eles poderam comprar, se o público precisa do seu produto ou serviço. Não dá para brincar de abrir um negócio simplesmente porque há um boom de empreendedorismo e você quer surfar na onda.

Muitas vezes nem é preciso abrir um negócio novo para empreender. É possível fazer isso aperfeiçoando e inovando o que você já faz. Por isso que antes de dar qualquer passo, é fundamental avaliar, analisar, colocar todas as suas ideias no papel e se perguntar o tempo todo: será que eu estou no caminho certo?

Não tenha medo de construir a sua própria bússola. Você precisa de direcionamento, de um guia para ter certezas nas suas escolhas. Você precisa de um plano de negócios que realmente vá levar a sua empresa a se solidificar no mercado e trazer o retorno financeiro desejado.

*Por Deivison Pedroza

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